Por paulo.gomes
Rio - O médico Wagner de Moraes, que operou a modelo Raquel Pontes dos Santos, de 28 anos, horas antes dela morrer na última segunda-feira, prestará depoimento sobre o caso na 79ªDP (Jurujuba). O sepultamento da jovem, que também foi ‘Gata da Hora’, do jornal MEIA HORA, em novembro, será realizado nesta quarta, às 17h, no Cemitério da Paz, em São Gonçalo.
A princípio, o enterro estava marcado para a tarde de terça-feira, no mesmo local. No entanto, a cerimônia foi cancelada após funcionários do cartório suspeitarem do atestado apresentado pela família e acionarem a polícia. O velório foi interrompido, e o corpo levado ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de autópsia. O laudo sobre a causa da morte deve sair de 15 a 30 dias.
Modelo Raquel dos Santos, morta na última segunda-feira, era uma das candidatas no concurso Musa do BrasilDivulgação

A modelo foi fazer fazer uma intervenção cirúrgica conhecida como ‘bigode chinês’ (linhas de expressão do nariz ao canto da boca) na Clínica de Cirurgia Plástica Wagner de Moraes. O cirurgião é conhecido entre as celebridades por ser marido da modelo Ângela Bismarchi.

Publicidade
Minutos após sair da sala de cirurgia, a vítima passou mal e foi levada para o Hospital de Clínicas de Icaraí (HCI). Segundo a unidade, ela deu entrada com um quadro de parada cardiorrespiratória e morreu às 21h40. Ainda segundo o hospital, Wagner de Moraes, que acompanhava a paciente, foi a primeira pessoa a constatar a morte.
O médico nega que a cirurgia estética tenha provocado a morte de Raquel. Ele afirma que a combinação de tabagismo (o cirurgião diz que a modelo fumava três maços de cigarro por dia) e a aplicação de injeções de Potenay, medicamento para cavalos usado como anabolizante, causou a morte.
Publicidade
Ele também afirmou que Raquel se submeteu, dias antes, a outro procedimento estético, nas nádegas, que ele se recusara a fazer. Moraes disse ainda que, durante o procedimento no rosto, a paciente teve falta de ar e arritmia, e ele providenciou a transferência para o Hospital de Icaraí.
Viúvo critica socorro
Publicidade
No velório da esposa, o empresário Gilberto de Azevedo criticou o socorro prestado. Segundo o viúvo, a clínica de estética não tinha instalações adequadas, contendo apenas um cilindro de oxigênio para emergências. Ele afirmou que a mulher se sentiu mal cerca de uma hora depois de deixar a clínica, quando apresentou falta de ar e arritmia, e foi encaminhada ao hospital de Icaraí.