Por thiago.antunes

Rio - Uma bem estruturada definição de crise diz que o fenômeno é uma mudança brusca ou uma alteração importante no desenvolvimento de qualquer evento e/ou acontecimento. Essas alterações podem ser físicas ou simbólicas.

As pessoas vivem crises; cidades também. Quando temos nossas crises — financeiras, sentimentais ou profissionais —, podemos contar com gente que estudou para ajudar a solucioná-las.

O mesmo acontece com empresas. No setor público, a crise pode testar nossa capacidade de articular pessoas e recursos para enfrentar situações que vão desde uma greve a catástrofes climáticas. O resultado dessas experiências de gestão de crise em governos locais ainda é recente e pouco estudado.

Nos Estados Unidos a Fema, agência federal de controle de emergências, atua em casos onde é necessário montar um gabinete transversal com secretarias municipais e estaduais, além de órgãos federais.

Criou-se no Rio um gabinete transversal unindo várias forças de segurança a fim de buscar uma solução definitiva deste problema crônico da cidade.
A estrutura para enfrentar crises pode ser tão bem ensaiada que grupos de trabalho se

formam e são desarticulados sem necessidade de decretos ou burocracia. Desde que cada um saiba seu papel, agentes públicos e organizações privadas já montam a infraestrutura de suporte para que os gestores possam executar as ações que salvam vidas.

Os royalties são exemplos de pagamento para o risco. Cidades também possuem o ICMS Verde. Existem já vários recursos que podem ser articulados para emergências; no entanto, ainda precisamos avançar mais nesse campo, especialmente trazendo a gestão a esses grupos, à iniciativa privada e ao terceiro setor.

A Prefeitura do Rio também está iniciando um processo da modernização dessas relações públicas e privadas, que são responsáveis pelo êxito da maioria das grandes cidades do mundo.

O decreto de aplicação da compensação de créditos tributários do ISS para pessoas jurídicas prestadoras de serviço de saúde é um exemplo de que a assistência médica pode ser ampliada com rapidez, diminuindo crises de saúde pública e tirando o engessamento que as prefeituras possuem para atender às demandas — especialmente em caso de emergência onde a rapidez pode significar salvar vidas. A gestão de crise — pessoal ou coletiva — precisa ser pensada, sempre.

Breno Freitas é assessor parlamentar

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