Ruy Chaves, colunista do DIA - Divulgação
Ruy Chaves, colunista do DIADivulgação
Por Ruy Chaves Especialista em Educação

Rio - Não há conquista sem enfrentamento, não há dignidade na omissão ou na fuga. Os que temem o fracasso em tudo fracassam. Diante de seus imensos desafios disse o Presidente Kennedy: "Não temamos a complexidade das decisões nem a agonia das escolhas. Não há solução na abdicação, não há alívio na irresponsabilidade". Também imprescindível lembrar Rousseau: "O homem nasce livre, mas por toda parte está acorrentado". Entender as coisas é o princípio da liberdade, domínio do homem sobre o meio. Entretanto, se não somos plenamente senhores do meio físico, menos ainda o somos de nossa própria obra. Há momentos em que não parecemos senhores de nossos destinos, mas escravos de nossas circunstâncias, bloqueados os caminhos da razão. O impossível não existe, o homem é senhor de todas as capacidades, mas tem sido difícil para o brasileiro consolidar a sua cidadania, libertar-se de suas circunstâncias perversas, sair das trevas permanentes de sua caverna imensa, sob recessão e desemprego, índices educacionais deprimentes, vivendo em condições sub-humanas em comunidades com carências absurdas.

O Brasil atravessa crise sem precedentes, crises ética, econômica e política, especialmente crise de legitimidade pela perda da credibilidade, esfacelado o princípio da autoridade. Ensina a 1ª Lei da Dinâmica do Poder: o poder não admite vácuo. O poder que a autoridade legal e legitimamente constituída não ocupa, com competência e compromisso com a nação, qualquer corpo estranho assume para a realização de seus interesses vis e mesquinhos. Por esta razão, a corrupção, a violência e a impunidade passaram a conduzir os destinos do Estado, por suas mãos torpes guiadas por sua condição não humana. A crise se transforma em caos, aprisionando os brasileiros traídos por seus representantes, destruindo suas vidas, suas perspectivas de futuro e de felicidade.

Não há solução na abdicação nem alívio na irresponsabilidade. Temos que libertar de suas correntes o Brasil oprimido. Ouvi de Madre Teresa de Calcutá: "Ontem foi embora. Amanhã ainda não veio. Temos somente hoje. Comecemos ". Então, vivas aos brasileiros e às instituições que lutam pelo bem comum, com amor incondicional pelo Brasil, pela democracia plena, pela verdade e pela justiça, com total repúdio à impunidade e aos privilégios! Panta rei.

Ruy Chaves é especialista em Educação

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