Aristóteles Drummond, colunista do DIA - Divulgação
Aristóteles Drummond, colunista do DIADivulgação
Por Aristóteles Drummond Jornalista

Rio - O Brasil vibra com a ações do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça Federal no combate à impunidade, aos crimes contra o Estado e com o combate aos casos de corrupção e sonegação. E todo apoio a estas ações será pouco.

A sociedade não aceita mais uma legislação criminal elitista em que o rico não vai para a cadeia, pois morre antes de ter seus crimes transitados em julgado. Recursos abundam para alegria de condenados e de seus advogados.

Existe ainda um outro lado, o dos abusos, da maldade, da chantagem, dos interesses menores. Em país em crise econômica, são dezenas os projetos parados por ações inconsequentes do MP - especialmente da área ligada ao meio ambiente.

São milhares de empregos perdidos e milhões que deixam de ser arrecadados, por caprichos de quem sequer entende do assunto. E fica tudo por isso mesmo, apesar da revolta das autoridades. É o caso, por exemplo, do Porto de Maricá, no Estado do Rio, em que governo e empresários estão perplexos e revoltados pela ação singular de um procurador de barrar projeto de significativa importância econômica e social.

A leviandade nas acusações e nas delações de desesperados pela liberdade já comprometem todo o lado positivo dessa colaboração essencial. Mas que tem de ser fundamentada em provas, e não em meras suposições ou declarações. Estamos em ano eleitoral e tudo é possível para prejudicar políticos.

Falta um pacote a ser votado pelo Parlamento, definindo com clareza muitos aspectos destes processos. Inclusive para evitar polêmicas que em nada contribuem para a harmonia e a consolidação democrática.

A sociedade está muito atenta, mas tomada de muita emoção em suas reações. Cabe ao Legislativo, ao Executivo e ao Judiciário um entendimento pelo bom senso, em documento consensado.

Em meio a esse clima de excitação, que nem sempre corresponde ao correto, deve-se registrar que a melhor postura é a do presidente Michel Temer, que tem sido ponderado e equilibrado, apesar de acossado por denúncias grosseiras. Passionalismo ali é zero. Como se espera de um alto mandatário, como ele.

No mais, como se diz popularmente, muita besteira tem sido feita. Por isso, precisamos de um choque de bom senso, honestidade, ética, moral, compostura e responsabilidade. Basta olhar para a economia local em comparação ao resto do mundo - até da América Latina - para se avaliar o crime que tem sido este prolongar da crise política.

Devagar com o andor!!!

Aristóteles Drummond é jornalista

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