Aristóteles Drummond, colunista do DIA - Divulgação
Aristóteles Drummond, colunista do DIADivulgação
Por Aristótelles Drummond Jornalista

Rio - O sucesso do livro 'Os Leite Barbosa - A saga da corretora que revolucionou o mercado', de George Vidor, sobre a trajetória de Marcello Leite Barbosa, traz a lembrança da importante colaboração de empresários para o desenvolvimento do Brasil. O personagem modernizou nosso mercado de capitais nos anos 1960 e 1970 e foi formador de toda uma geração de competentes membros do sistema financeiro.

Há pouco, havia lido outro livro emblemático, 'A Saga dos Klabin', que conta a formação deste grupo que tem dimensão mundial, como maiores plantadores de pinus e grandes produtores de papel e celulose. Uma história que mostra a visão de Getúlio Vargas, que apoiou o empreendimento em sua fase inicial, e o talento e a capacidade de trabalho de homens como Wolff Klabin, Samuel Klabin e Horácio Lafer, para ficar nos principais gestores da organização na sua primeira fase.

Nossa engenharia, hoje mal colocada em função dos malfeitos recentes, entretanto, ganhou dimensão, competência e lastro nas grandes obras de Juscelino Kubitschek e do período militar - sem a ocorrência de casos de corrupção endêmica.

Por isso, gigantes do empreendedorismo não podem ser esquecidos, como Oscar Americano, Sebastião Camargo, Norberto Odebrecht, Roberto Andrade, José Mendes Júnior. Tocaram projetos da importância de Brasília e seus acessos, Ponte Presidente Costa e Silva,Itaipu e Tucuruí, Transamazônica e os aeroportos de Guarulhos e de Manaus.

Não podemos ignorar a capacidade dos homens que criaram uma aviação comercial respeitada, como Rubem Berta, Paulo Sampaio, Comandante Amaro Rolim, Bento Ribeiro Dantas e Omar Fontoura.

Nosso sistema bancário é um dos mais modernos, tendo contado com verdadeiros estadistas pelas funções que exerceram no setor público, como Walter Moreira Salles, Magalhães Pinto, Manuel Ferreira Guimarães, Clemente Faria, Amador Aguiar, Gastão Vidigal e Herbert Levy, entre outros.

E não podemos esquecer de grupos que foram buscar sócios estrangeiros para grandes empreendimentos, como Monteiro e Aranha, nem de pioneiros que vieram de longe, como os Crespi, Matarazzo, Feffer, Steinbruch,Valentim Diniz e Othon Bezerra de Mello. Todos geraram riqueza a partir do nada; com sangue, suor e determinação.

Hoje, carecemos de grupos empresariais dirigidos por empresários, acionistas de relevo, para que as empresas sejam voltadas para resultados que possam premiar os executivos. Sem prejuízo da importância destes profissionais, é importante que o fundador e acionista principal ou herdeiros acompanhem mais de perto o que se passa e como se tocam os seus negócios.

No empresariado, temos bons quadros, em todos os sentidos. E bons conselheiros.

Aristóteles Drummond é jornalista

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