Por Simone Viana Professora da Univ. Estácio de Sá

Rio - Conhecer para transformar é possibilitar pensar o novo, reinventar o pensar; eternizar vivências, que permitam a formação de cidadãos com novos olhares e percepção do outro e de si mesmo. A escola precisa redimensionar o seu pensar, uma educação capaz de ouvir, participar da realidade, discutindo-a, e colocando como perspectivas possibilidades de mudar essa realidade. Compreender que o homem é um ser histórico, capaz de construir sua história participando ativamente com os outros no mundo.

Uma educação transformadora é capaz de promover mudanças por meio da leitura do espaço; o qual traz em si todas as marcas da vida dos homens, construído cotidianamente e que expressa tanto as nossas utopias, como os limites que nos são postos; é oportunizar a reflexão sobre o papel de sujeitos de nossa História, mobilizando para os caminhos de acesso ao conhecimento, associada à cultura, leitura crítica da realidade, desafiando-nos para que percebamos que o mundo pode ser mudado, transformado, reinventado.

A escola tem como desafio, nos dias atuais, a formação do cidadão, para que este tenha conscientemente participação social, política e atitudes críticas diante da realidade que vive, oportunizando uma atuação e transformação da realidade histórica na qual está inserido. É imprescindível, que a sociedade e o Estado percebam e assumam que a escola é uma instituição social plural, que se educa para a vida e para a cidadania. Se faz necessário repensar o significado da transformação social no cenário educacional e assim buscar para o nosso país uma Educação Libertadora; como defendeu e propôs Paulo Freire, que foi fiel aos princípios desta educação libertadora. Ele soube reinventar-se nos tempos e nos espaços em que viveu. Assim, um dos desafios da educação é inspirar, criar e recriar possibilidades de lutas contra o preconceito, a violência, a alienação, o autoritarismo, enfim uma nova ressignificação da atuação pedagógica para aceitar e incluir as diferenças e assumir uma postura diante das diferenças produzidas ao longo da História da Humanidade.

A escola que queremos é mediadora da aprendizagem, que tem como objetivo e responsabilidade transformar os alunos em pessoas, provocando uma verdadeira transformação social.

 

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