Aristóteles Drummond, colunista do DIA - Divulgação
Aristóteles Drummond, colunista do DIADivulgação
Por Jornalista

Nos primeiros 20 a 25 anos depois da redemocratização de 1985, o país ainda contou com a velha guarda de políticos no primeiro plano no comando dos estados e da União. Entre governistas e opositores do período revolucionário (de 64 a 85), políticos de boa qualidade, na média, atuaram, como Antônio Carlos Magalhães, Marco Maciel, Jarbas Passarinho, Esperidião Amin, Augusto Franco, Roberto Campos, Delfim Netto, Paulo Maluf, Murilo Badaró e outros do antigo regime. Na oposição Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Tancredo Neves, Paulo Brossard, Nelson Carneiro, José Aparecido de Oliveira, Bernardo Cabral, que, presentes no Congresso e em funções no Executivo, emprestaram uma colaboração positiva, respeitada e com resultados práticos em favor da população e do progresso do Brasil.

Fernando Collor teve ministros de alto nível, assim como José Sarney e Itamar Franco. FHC inaugurou o toma lá dá cá na aprovação de sua reeleição e, depois, foi o que se viu nos dez anos seguintes. Hoje, poucos saberão os nomes de nossos ministros.

Ocorre que os governos militares que souberam aproveitar o que havia de melhor na classe política e na sociedade civil da época negligenciou a formação de bons quadros para o futuro. O vazio a que chegamos na virada do milênio nos levou a esta situação lamentável de políticos de baixa qualidade. Entre os novos, a competência é avaliada em não mais do que 20% da representação atual. O resto é de radicais, corporativistas, aproveitadores ou simplesmente homens medíocres que o destino permitiu chegar a um mandato eletivo, com base na falta de conhecimento de boa parte do eleitorado.

A relação de candidatos, em todos os níveis, das eleições deste ano é muito pobre de nomes consolidados na experiência e de benfeitos, ficando mesmo em um quinto os que merecem a recondução ou a chegada ao poder. O eleitor que acompanha a política de alguma maneira vai votar por exclusão, no "menos pior", pois parece aos analistas econômicos que as condições de uma forte mudança são limitadas e que o melhor que pode acontecer é a manutenção deste quadro morno na economia, na política e no social, com pequenas melhoras.

Como o caso do Governo Temer, impopular na massa, mas reconhecido pelos seus esforços (frustrados, mas tentados) de reformas, tendo marcado ponto na Trabalhista. Esta, apesar de demagogicamente criticada, estancou a onda de desemprego no país e de ações trabalhistas. E vale destacar que, para ela, Temer contou com um jovem e eficiente parlamentar, Ricardo Ferraço, senador do Espírito Santo, relator do projeto.

Votar bem nunca foi tão importante para a paz e o progresso no Brasil!

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