Por Marcus Tavares Professor e jornalista

A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão dos candidatos que concorrem ao Planalto começou na semana passada. Não há dúvidas de que a sociedade deve ficar de olho nas propostas diretamente voltadas para a Saúde, Educação, Segurança e Economia. Tomara que possamos conhecer e entender as verdadeiras propostas de cada pretendente, analisando e fazendo boas escolhas para o nosso presente e futuro.

Neste sentido, fico curioso de saber o que pensam os candidatos a respeito da quarta revolução industrial. O que é isso? O professor alemão Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial e autor do livro 'A Quarta Revolução Industrial', explica que se trata de uma era, da qual estamos vivendo os primeiros anos, marcada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas.

Traduzindo: tempos de nanotecnologias, neurotecnologias, robôs, inteligência artificial, biotecnologia, sistemas de armazenamento de energia, drones, blockchain, realidade aumentada e virtual, big data e impressoras 3D. "Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes", afirma Schwab.

Aos poucos, acredito que você venha percebendo que esse novo mundo já está chegando. Definitivamente, ele não está distante de nós. No dia a dia, já observamos, por exemplo, a inteligência artificial nos serviços bancários, nos supermercados e em algumas práticas de consumo. Na indústria do entretenimento, nem se fala. Pense nos games de realidade virtual. Não é sem razão que especialistas vislumbram um mundo de amanhã bem mais bacana, seguro e sustentável, com medicina de ponta para todos, carros autônomos e energia limpa.

Em alguns estudos, a consultora Accenture calculou que esta 'nova revolução' pode agregar cerca de U$14,2 bilhões à economia mundial nos próximos 15 anos e alavancar o PIB dos países emergentes.

Outros, porém, lembram, com propriedade, que esta revolução tende a aumentar, e muito, a desigualdade na distribuição de renda, elevar, por exemplo, os problemas de segurança geopolítica (as impressoras 3D podem 'produzir' armas!), diminuir postos de trabalho, frente à automação, e trazer novos questionamentos éticos e morais.

Pensar sobre os efeitos destes novos tempos não diz respeito apenas aos especialistas e economistas. Todos nós, cidadãos, seremos impactados de uma forma ou de outra. E mais: todas essas tecnologias também impactam, como observado, nas quatro áreas descritas no início deste texto: Saúde, Educação, Segurança e Economia. Como então conciliar todos esses avanços de forma positiva, inclusiva, solidária e responsável? O mundo está cada vez mais complexo.

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