Rio - Hoje é o Dia Nacional de Atenção à Dislexia, instituído há três anos pela Lei Federal 13.085/15. A data recebe atenção de eventos sociais, culturais e educativos, que contribuem para serem difundir informações sobre a doença, conscientizar a sociedade e mostrar a importância do diagnóstico e tratamento antecipados.
O dia é lembrado por muitas instituições, o que contribui para o desenvolvimento de iniciativas para alertar sobre a importância dessa questão do neurodesenvolvimento, que afeta aproximadamente 5% das crianças em idade escolar.
A palavra dislexia é derivada do grego 'dis' (dificuldade) e 'lexia' (linguagem).
Segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), o transtorno é considerado específico de aprendizagem, de origem neurobiológica, e normalmente resulta de um déficit no componente fonológico da linguagem, com maior incidência no sexo masculino numa proporção três vezes maior em relação às mulheres, e a ocorrência é de cerca de 10% na população mundial.
Os principais sintomas associados à dislexia são a dificuldade na fluência e compreensão da leitura, erros ortográficos, dificuldades na expressão e composição das ideias no texto. Além dos sintomas apresentados na realização das atividades escolares, a persistência e a intensidade destes sintomas podem comprometer significativamente a aprendizagem e provocar um conjunto de alterações emocionais, tais como a insegurança e baixa autoestima. A desmotivação pela aprendizagem defasada é uma das causas causa do baixo rendimento escolar.
Ainda há muito para se conhecer e se fazer para ajudar o disléxico. Muitos passam por situações difíceis, e a divulgação dos sintomas ajuda o próprio disléxico a se identificar e buscar ajuda. Quanto mais cedo identificar o sintomas e buscar ajuda profissional, mais rápido as intervenções ocorrerão. Assim, professores e pais devem ficar atentos aos sintomas e buscar intervenção o mais rápido possível.
Solande Rodrigues é especialista em Educação
