opinião 12 março 2019 - arte o dia
opinião 12 março 2019arte o dia
Por O Dia

São do conhecimento de todos as dificuldades financeiras que atravessa o Poder Público – não apenas o Rio de Janeiro, mas diversos outros estados, os municípios e até mesmo a União. Esse cenário dificulta dar um reconhecimento financeiro mais adequado ao patrimônio mais valioso de um ente público: o seu servidor.

Mas existem outras maneiras de valorizar e aprimorar o trabalho tão essencial que eles desempenham. Promover e incentivar que o servidor se qualifique traz benefícios para ele, para o Estado e para toda a sociedade.

O servidor ganha porque se sente preparado para assumir novos desafios na sua carreira profissional, o que aumenta a sua motivação e pode acarretar em melhorias salariais. Muitas carreiras pagam adicionais para quem busca qualificação por meio de cursos. Atualmente, diversos servidores de carreira ocupam níveis mais altos em seus órgãos, graças à capacitação que buscaram.

Por sua vez, para o Estado, quanto mais servidores qualificados ele tiver, melhor será a prestação do serviço público, o que pode inclusive gerar redução de custos, pois tarefas específicas anteriormente terceirizadas poderão ser executadas pelo servidor, agora devidamente capacitado.

A sociedade, por sua vez, ganha, além de um serviço melhor e mais rápido, uma porta aberta para a inovação. O quadro técnico que busca conhecer novas ferramentas de trabalho e técnicas modernas de gestão pode fazer uma enorme diferença em seu local de trabalho e para todos os que precisam da sua força produtiva. Cobrada tanto por quem estuda a teoria quanto por quem vive a prática das repartições, a modernização do serviço público virá como uma evolução natural na qual os mais capacitados vão ocupar funções de destaque.

No âmbito da Administração Pública, não basta afirmar que determinada ação prioriza o cidadão. É importante esclarecer em que medida aquela prática coloca a satisfação das necessidades da população em primeiro lugar. Nesse contexto, e falando em inovação, ouvidorias fortes e proativas são fundamentais. Esse setor, já amplamente difundido na iniciativa privada, precisa ser incluído definitivamente no setor público.

Esse é o grande desafio: Capacitar todos os servidores, dotando-os de habilidades para a execução de suas atividades, criar um ambiente facilitador para as novas tecnologias e melhorar os processos de negócios, de maneira que o cidadão, destinatário final dos serviços públicos e razão da existência do Estado, sinta-se realmente atendido em suas expectativas.

 

Márcia Cristiane de Andrade é Presidente da Fundação Ceperj (Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro)

 

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