Rio - Preconceito é uma opinião ou conceito formado antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos, ou seja, uma ideia preconcebida. Esta é a definição dada pela maioria dos dicionários sobre o que se entende por preconceito. Partindo dessa definição podemos afirmar que todas as pessoas têm preconceito sobre aquilo que desconhecem, até porque o cérebro humano não fica sem respostas. Portanto, ter preconceito faz parte da natureza humana, que está em permanente busca de respostas para interpretar aquilo que desconhece.
O preconceito se torna negativo quando, por desconhecer ou não saber lidar com determinada diferença humana, a pessoa discrimina, separa ou segrega. Momento em que a palavra preconceito assume um significado negativo. Assim, o preconceito é uma posição individual, temporal e situacional, enquanto a discriminação é uma atitude imoral e sistêmica, que pode ser individual ou coletiva.
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O corpo de qualquer pessoa é alvo das primeiras observações, através das quais formamos nossa opinião (pré-conceito). Pessoas com uma deficiência visível, podem levar a uma impressão inadequada, fazendo com que o observador forme uma primeira opinião negativa daquele indivíduo que se apresenta diferente. Até porque, nós seres humanos, somos movidos mais por medos do que por atitudes proativas. Assim, qualquer diversidade humana que saia dos padrões aos quais acostumamos taxar de normalidade, nos ameaça internamente, mexe com os nossos medos, aquele medo da dura realidade que pode nos alcançar enquanto seres frágeis que somos. Nesse momento a tendência é o afastamento, o atravessar a rua, a vontade de manter a pessoa ou situação o mais longe possível. Não fazemos por mal, mas por medo.
Por que temos preconceitos negativos e não admitimos? Qual a melhor forma para lidar com esse sentimento? Será possível vencer o preconceito negativo?
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Para dar uma resposta positiva a estas questões é necessário que a sociedade se conscientize da importância de combater o preconceito. As empresas também devem buscar informações sobre o trabalhador com deficiência, procurando vencer suas próprias barreiras físicas e atitudinais erguidas mais por crença em mitos do que pela existência de impedimentos à empregabilidade para o segmento. Também se faz necessário que a pessoa com deficiência encontre uma identidade profissional na qual competência, potencial, atitude e postura profissional sejam atributos conquistados individualmente, pois o mercado de trabalho é por natureza seletivo e não admite paternalismo.
Geraldo Nogueira é subsecretário da Pessoa com Deficiência do município do Rio de Janeiro
