Orlando Thomé Cordeiro  - Divulgação
Orlando Thomé Cordeiro Divulgação
Por O Dia
Rio - Nos últimos dias o noticiário e as redes sociais foram palco de uma intensa discussão sobre a ação de marketing de uma empresa de fast food e a imagem do presidente se alimentando no concorrente. Porém, não é sobre a polêmica que vamos tratar aqui e sim aproveitar o fato para outra reflexão.
Em tempo de mídias sociais e de comunicação global instantânea, é imprescindível que empresas, instituições e organizações dos mais diversos setores e segmentos estejam preparadas para ocupar esses espaços de forma a produzir bons resultados junto aos públicos que pretendem atrair e influenciar. Considerando que essa premissa esteja correta, será que ela se aplica às administrações públicas?
Publicidade
O livro “Marketing de lugares: como conquistar crescimento de longo prazo na América Latina e no Caribe”, publicado em 2006, traz uma excelente contribuição sobre como aplicar os conceitos de marketing para que cidades, regiões e países possam tornar seus territórios mais atraentes que outros lugares. Segundo os autores, os territórios, assim como as empresas, competem entre si, com a disputa acontecendo em três dimensões descritas abaixo.
INVESTIBILIDADE. É a capacidade da cidade de atrair investimento, manter um ambiente propício e favorável aos negócios em geral e sustentar vantagens competitivas em um ou mais setores econômicos em que a cidade eventualmente possa se especializar.
Publicidade
HABITABILIDADE. É a capacidade de a cidade manter altos indicadores de qualidade de vida por meio da oferta de serviços públicos essenciais em saúde, educação, transporte público, mobilidade, segurança pública, lazer e cultura, habitação, manutenção e limpeza de vias, parques e jardins, de modo a permitir que as pessoas vivam bem da porta para fora suas casas, gerando satisfação, autoestima e orgulho dos habitantes.
VISITABILIDADE. É a capacidade de a cidade aproveitar e desenvolver atrativos que provoquem o interesse em ser visitada. Isso vale mesmo as cidades não turísticas porque alguns elementos de identidade cultural e de elevação da autoestima local, fundamentais para a habitabilidade, são fortemente alavancados pelo turismo e pelos turistas.
Publicidade
Gestores públicos que entenderem e aplicarem essas ferramentas terão maiores chances de obter sucesso em seus mandatos, além de deixar um legado para a população.
Orlando Thomé Cordeiro é consultor em estratégia