Daniela Mendonça - Divulgação
Daniela MendonçaDivulgação
Por O Dia
Rio - Melhorar a experiência do cliente é uma tarefa complexa. A transformação digital fez o nível de exigência dos consumidores subir. Para agradá-los, as empresas precisam inovar, otimizar processos, flexibilizar a operação e, sobretudo, cuidar bem de seus talentos – os de agora e os do futuro.

É fato que a automação vem mudando radicalmente a forma como trabalhamos. Algumas profissões já foram ou serão extintas. Outras tantas devem surgir em curto e médio prazo. Tem sido assim desde a primeira revolução industrial.

Sobram exemplos de carreiras “nascidas” há pouco tempo, como a de minerador de dados, técnico em telemedicina ou agroecólogo, profissional capaz de unir conhecimentos de sustentabilidade e agronomia, entre tantas outras. E já faltam pessoas capacitadas para ocupar as vagas disponíveis nessas áreas, que na maior parte dos casos oferecem remunerações bastante atraentes.

De acordo com uma projeção do Senai e da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a previsão para os próximos cinco a dez anos é a criação de 30 novas profissões em oito áreas diferentes.

Ou seja, o mercado de trabalho está aquecido para novas carreiras. Então, qual o caminho para ocupar esses postos de trabalho? Infelizmente não existe resposta pronta; mas o primeiro passo, com certeza, é atualizar-se. Pensemos no exemplo dos profissionais de datilografia, que foram levados a reciclar seus conhecimentos quando os computadores passaram a ser usados em maior escala nas organizações.

Uma segunda sugestão: tenha múltiplas habilidades, mesmo as técnicas. Hoje em dia, não há mais lugar para hiperespecialistas em um único tema.

E o RH tem um papel fundamental na preparação das pessoas para esse cenário. Aliás, os profissionais da área precisam estar prontos para assumir a liderança dessas transformações nas empresas.

Dominar ferramentas como Big Data e People Analytics é pré-requisito básico para o profissional de RH de hoje e de amanhã. No entanto, a capacidade de comunicar-se de maneira humana com os colaboradores é e continuará sendo tão importante quanto o conhecimento das ferramentas tecnológicas.

Em outras palavras, o RH precisará manter conexões genuínas com as equipes para coletar indicadores e informações. Esses dados serão inseridos nas ferramentas tecnológicas, analisados e utilizados de forma estratégica para a tomada de decisão. É um ciclo virtuoso que reúne o melhor das tecnologias e das pessoas.

A transformação digital é um caminho sem volta, mas as habilidades técnicas e competências relacionais nos diferenciam das máquinas. Saber conciliar desses dois universos é a melhor alternativa para garantir um lugar no mercado de trabalho.

Daniela Mendonça é presidente da LG lugar de gente, empresa brasileira desenvolvedora de soluções de tecnologia para gestão de pessoas