Mas, a gente amadurece... A gente olha em volta e vê um cenário incongruente com a alegria que nos identifica, enquanto povo tropical, de sangue quente e sorriso no rosto. Não é culpa das mais de 45 milhões de Pessoas com Deficiência (PCDs), o que representa cerca de 24% da população, conforme o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O que entristece é que, no mercado de trabalho elas são apenas 0,9% do total de carteiras assinadas.
É até possível reconhecer que essa realidade vem se rendendo a novas políticas de contratações das empresas. Houve um aumento de 3,8% em 2016 em comparação com o ano anterior, segundo o Ministério do Trabalho, mas são muitas as barreiras enfrentadas para que que as pessoas com deficiências consigam trabalhar.
Foi uma boa conquista a lei brasileira que determina que empresas com mais de 100 funcionários reservem de 2% a 5% das vagas para PCDs, mas a qualificação se mostra defasada desde a infância, com falta de oportunidades, de mecanismos de acessibilidade e pouca chance de ser visto como cidadão competente, pois isso depende de investimento no desenvolvimento dessas pessoas, como acontece com todas as outras. Curiosamente, incluir é promover o desenvolvimento de toda a sociedade. As pessoas com deficiência precisam progredir nos estudos para serem profissionais qualificados. O empresariado precisa se conscientizar da importância de se adaptar às questões de acessibilidade, porque é a mescla de pessoas e funções que enriquece o universo corporativo com o respeito pelas diferenças, que movem a sustentabilidade com o potencial de seus profissionais engajados e respeitados entre si. A tecnologia é uma aliada como ferramenta facilitadora e ponte entre a pessoa com deficiência e o Mercado de Trabalho. É sinal de um país completo! É uma grande conquista mudar vidas pela geração de oportunidades de sucesso!