Luzia Lacerda - Divulgação
Luzia LacerdaDivulgação
Por O Dia
Rio - A intolerância religiosa não é um fato novo. A globalização trouxe o fato com muita força para a sociedade. E aqueles que já concordavam com esse pensamento aproveitaram a “onda” para liberar um ódio que já estava reprimido. Mas a globalização trouxe também a luta, a organização e não aceitação dessas atividades grotescas.
O respeito à diversidade religiosa é um exercício de cidadania que tem início em casa, na família. É de responsabilidade dos pais que precisam passar a seus filhos que o fato do colega de escola, clube ou rua, não ser da mesma religião que ele, isso não é um mérito e demérito.
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A partir daí a responsabilidade passa às escolas que têm a responsabilidade de divulgar todas as religiões com o mesmo respeito perante os alunos. E a matéria verdadeiramente não deveria ser religião. Mas sim a história das religiões.
Passamos à convivência social em que com certeza teremos pessoas de raças, religiões e opiniões diferentes. Aí voltamos ao primeiro tópico: o respeito que aprendemos em casa com nossos pais.
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A intolerância religiosa não é um problema estadual ou nacional. É mundial. Porém o fato de ser um problema mundial não nos dá o direito de minimizar o problema aqui no Brasil. Precisamos conscientizar os pais que educação vem de casa.
As escolas precisam preparar o plano de aula somente com a história das Religiões como conteúdo, sem preferencias. As Secretarias e órgãos governamentais e não governamentais cabe a responsabilidade de ações de conscientização que as pessoas não podem simplesmente se agredirem. É necessário a inclusão da Diversidade Religiosa através de atividades, preferencialmente públicas. A escolha religiosa é o Livre Arbítrio. E tem de ser respeitado.
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O número crescente de depredação em Igrejas, Sinagogas e Casas de Matrizes Africanas aumentou 25%. Dados revelados pela DECRADI (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância). O Rio de Janeiro tanto a nível Municipal quanto Estadual querem investir forte no turismo. Nesse caso receberíamos pessoas de etnias e religiões diferentes. E como evitar qualquer constrangimento.
Então antes de se investir na Cidade Maravilhosa como paraíso. Precisamos resolver a forma como serão recebidos. Vejo no Governo Estadual juntamente ao Ministério Público e a DECRADI buscar a solução.
Mas o que precisamos nesse momento com muita urgência é o exercício do respeito. É possível a convivência desde que haja respeito e a preservação de escolha natural por um segmento religioso.

Luzia Lacerda é diretora responsável da Expo Religião