Obviamente, o desempenho da economia fluminense depende do que acontece no Brasil. As políticas monetária e fiscal são atribuições da União. O custeio, que está fortemente baseado na folha de pessoal e nas aposentadorias, é praticamente incomprimível por conta da legislação nacional. Diante dessas limitações involuntárias, o que realmente é possível fazer, que só dependa de nós?
O Estado do RJ dispõe de um relevante mercado interno, o segundo maior do país, em uma pequena extensão geográfica, o que é um ponto forte da economia. Mas como aproveitar essa vantagem para gerar emprego, renda e receita pública?
É preciso desenvolver a atividade econômica, atraindo novas empresas e estimulando o crescimento daquelas aqui instaladas. Mas como fazer isso?
A primeira estratégia, condição crucial, deve ser a melhoria do ambiente de negócios. O empresário deve ter certeza de que é bem-vindo. E isso, antes de qualquer medida, significa atuar com ética e atitude pró- negócios.
Simples ações são valiosas. Vale a pena lembrar que o investimento, por mais que seja completamente financiado pela área privada, sempre dependerá do Estado. Essa importância do Estado para a atração de negócios pode ser exemplificada, na abertura de empresas, na obtenção de alvarás de funcionamento, inscrições fiscais, licenças ambientais.
A interação do agente econômico com o Estado é diuturna. Quando se fala em ambiente de negócios, é preciso uma visão ampla que inclua o Executivo, o Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público. Cabe ao Executivo orquestrar os demais poderes na tese de que o agente econômico, que gera renda e emprego, deve ser considerado o motor da sociedade.
Se o Brasil está muito longe dos melhores países do mundo para fazer negócios, no Estado do Rio há muito a ser feito. A Segurança é o primeiro dos temas a ser encarado. A Segurança é a primeira das liberdades, enquanto a insegurança é a mãe da informalidade.
A síntese para a virada deve ser, portanto, Segurança, Educação e atitude pró-negócios. Só o emprego liberta. Criar condições para que empresas se instalem e se expandam é essencial para o desenvolvimento econômico, e, portanto, para o desenvolvimento da cidadania.