Alana Passos - Reprodução
Alana PassosReprodução
Por O Dia
Rio - O colégio militar nasceu para assistir os "filhos daqueles que morreram ou se inutilizaram no campo de batalha defendendo a independência e a honra nacional". Porém, devido a questões políticas, somente em 9 de março de 1889 - um ano após a Abolição da Escravatura e meses antes da Proclamação da República (15 de novembro) - foi criado o Imperial Colégio Militar da Corte, pelo conselheiro Tomas Coelho.

O diferencial e principal instrumento de ensino nos colégios militares é a disciplina. Nas unidades, a utilização de aparelhos celulares é proibida. Mas qual o objetivo? Manter o foco no aprendizado.

Os colégios militares têm desenvolvido um olhar amplo para aprimorar o processo de aprendizagem, com aulas de reforço, atividades esportivas e culturais. Outro ponto forte é que os professores são extremamente qualificados, muitos com mestrado e doutorado.

A dedicação ao estudo contínuo sem privilegiar nenhuma área do conhecimento proporciona que os alunos tenham melhor condição nas disputas em concurso público, inserção nas carreiras e mercado de trabalho.

A estrutura também é diferenciada, com piscinas semiolímpicas, salas para reforço escolar, ginásio, quadra de esportes coberta, laboratórios de informática, sala de musculação e de jogos, espaço para música, teatro, arteterapia, biblioteca, cantina e centro de apoio pedagógico.

Para que a escola funcione é necessário que a comunidade trabalhe em conjunto, que ocorra integração não só em esforço, mas em convívio. Por isso, os espaços também são franqueados aos pais, professores e aos estudantes fora dos horários das atividades curriculares.

Quanto aos resultados, as escolas militares se destacam ano a ano. Para ilustrar, em 2012, o Colégio Waldocke Fricke de Lyra, no perigoso bairro Tarumã, em Manaus (AM), vivia um cenário que é realidade da maioria dos colégios públicos do Brasil: drogas, armas brancas e baixa aprendizagem. Mas, naquele ano, foi assumido pela Polícia Militar do estado.

Em 2015, o IDEB do colégio, índice de desempenho medido pelo Ministério da Educação, foi de 7,7, do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, e de 5,9, do 6º ao 9º ano (a média nacional nessas etapas foi de 5,5 e 4,5, respectivamente).

É apenas um exemplo da mudança possível quando existe uma plano de educação com qualidade. Por esses motivos, sou a favor da implantação de colégios militares no estado do Rio de Janeiro e lutei para que a minha cidade de Queimados, tão carente também na área da Educação, ganhasse uma ferramenta capaz de fazer diferença na vida de crianças e suas famílias. Tenho certeza que, com a sanção do meu projeto e instalação de uma unidade militar se ensino no município, a história da nossa geração vai ser transformada.

Contra fatos não há argumentos!

Alana Passos é deputada estadual pelo PSL-RJ