Doutor Luis Augusto Tavares Russo - Divulgação
Doutor Luis Augusto Tavares RussoDivulgação
Por O Dia
Rio - Durante todo o mês de agosto, pessoas que já tiveram problemas vasculares poderão ser avaliadas por uma equipe de especialistas, no CCBR, na Rua Mena Barreto, 33, em Botafogo. A iniciativa faz parte da campanha que o CCBR Brasil Centro de Pesquisa Clínica está realizando para identificar pessoas com doenças cardíacas e portadores de diabetes e obesidade para que um novo medicamento seja utilizado no combate às doenças.

Pessoas que residem na município do Rio de Janeiro poderão fazer exames gratuitos de glicose, para descobrir o nível de açúcar na corrente sanguínea, além de medir o peso e a altura. Para a realização do exame, o interessado deverá marcar o atendimento pelo número 2527-7979. Além disso, o CCBR também irá promover uma palestra sobre diabetes, ministrada pela pesquisadora e endocrinologista Joselita Siqueira, no dia 17 de agosto, às 8h, no auditório da clínica. O objetivo é informar sobre as características, tratamento e cuidados com a doença. A inscrição também é gratuita e tem vagas limitadas.

A campanha, voltada para a prevenção de um novo infarto na população carioca, é um alerta do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, que aponta a diabetes e as doenças cardiovasculares como as principais causas de morte no mundo. No país, uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, em abril deste ano, mostra um crescimento de 62% entre 2006 e 2016 nas causas fatais por diabetes tipo 2. A cidade do Rio aparece com a maior prevalência da doença, representando 8.9% das causas no país. O número aumenta quando considerado pessoas com mais de 50 anos, passando para 20%.

“Essa é uma doença silenciosa, que muitas vezes só é diagnosticada se a pessoa faz check-up e exames de rotina. E sabemos que 30% da população nunca fez um exame de sangue na vida”, afirma Luis Augusto Russo, endocrinologista e diretor do CCBR.

A diabetes tipo 2 é uma doença que não tem cura. Quando diagnosticada, precisa ser tratada pelo resto da vida do paciente. Ela é mais comum em mulheres, obesos e pessoas com baixa escolaridade. Esta categoria está associada com fatores genéticos e com o sedentarismo. Após alguns anos, a doença pode levar à problemas coronarianos, à insuficiência renal e até à cegueira. “É uma doença que tem que ser parada antes que ela faça um dano maior ao paciente”, explica Dra. Joselita.