Poderíamos falar um pouco sobre a acessibilidade da pessoa com deficiência na qual é a possibilidade e o alcance para utilização, com autonomia e segurança, dos espaços e equipamentos urbanos, dos transportes e dos meios de comunicação. No entanto a acessibilidade não pode ser apenas novas estruturas físicas a fim de garantir o tal acesso, mas também as pessoas devem garantir e ajudar nesse acesso, tendo as mesmas oportunidades. Você algum dia já experimentou andar de cadeira de rodas ou com auxílio de muletas no quarteirão da sua casa? Já colocou as vendas nos olhos e tentou se descolar pelo espaço urbano? São questões de ordem física e de acesso, mas as pessoas devem prever as tais dificuldades criando, assim, autonomia e responsabilidade para com o outro.
Tenho uma filha de quase dois anos de idade, a Maria Flor. Em minha família tenho um cunhado que é surdo, o Cleber. E quando nos encontramos é uma grande alegria, e Maria Flor já está conhecendo a Língua Brasileira de Sinais – Libras. E aí corroboro com a psicomotricidade e neurocientista Liana Tubelo. Ela afirma que as linguagens são objeto de encantamento para a criança e a comunicação em si, pois que é uma etapa da vida humana em que está aprendendo a ser social. Veja como podemos aprender todos os dias e momentos, entendendo o processo e olhar para o outro com sabedoria. O afeto, o carinho e o respeito são valores que devemos ter pelas pessoas com deficiência dando oportunidades ao trabalho, ao bom convívio e aos direitos garantidos a eles. Aproveito para parabenizar e celebrar as famílias que, com tanto amor e luta, dão carinho e apoio aos seus familiares. Acreditar na pessoa com deficiência é possibilitar num mundo mais humano, igualitário e de respeito. Que bom seria se todos nós tivéssemos o mesmo empenho em cuidar da pessoa que está ao nosso lado!