Dizem que a água poderá vir a ser a causa da próxima guerra mundial.
Quando constatamos o que vem acontecendo no Brasil no sentido da privatização do saneamento básico, precisamos pensar na soberania nacional, na saúde da população, pois a água não pode ser submetida à ganância, ao lucro.
Imaginar que, caso tal desatino venha a acontecer, o cidadão desempregado estará condenado a morrer de sede, juntamente com a sua família, desde que não pague a conta d'água, que será inapelavelmente cortada.
É bom lembrar que a Coca-Cola, a Kibon e a Nestlé, todas multinacionais, já controlam nossas mais importantes fontes de água mineral.
É claro que é dever do Estado colocar água potável em todas as torneiras e recolher e tratar o esgoto, em homenagem ao ser humano e ao meio ambiente.
É preciso pressionar e cobrar, mas o pior caminho é a privatização.
A população precisa saber quais são os atores que se emprenham para fortalecer o lobby da privatização.
O primeiro braço é o Instituto Trata Brasil, que tem sido o grande divulgador do ranking do saneamento sendo duvidosa a sua credibilidade.
O Instituto é financiado pelas empresas que estão sendo contempladas com as privatizações Brasil a fora, Rio de Janeiro incluído, vide Águas de Niterói, Águas de Juturnaíba, Foz Águas, etc.
As referenciadas empresas integram a Holding Águas do Brasil. Dentre elas estão algumas das empreiteiras alcançadas pela operação lava-jato, tão reconhecida pela população.
A privatização é o caminho para a internacionalização, conforme já aconteceu com outros setores da economia.
Privatizar a Cedae é entregar a alma ao diabo.