Mônica Roberta - Divulgação
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Por Mônica Roberta*
Dizer que o Brasil é um país machista não é novidade alguma, mas essa “cultura” deve-se, principalmente, a nossa formação em que o homem pode tudo e a mulher nada? Sem apologia ao feminismo, basta observar os presentes que as crianças mais recebem: os meninos ganham bolas e carrinhos, enquanto as meninas recebem bonecas e casinhas até os dias de hoje.
Isso também se reflete no mercado de trabalho, sendo o homem o provedor e a mulher uma mera "ajudadora”. É o suporte, porque “por trás de um grande um homem, há sempre uma grande mulher”, certo? Errado. Estamos no século XXI, vivemos a Era da Inovação, em que novas ideias e um pensamento não linear emergem. Pessoas que veem o mundo de maneira diferente são bem-vindas a essa nova realidade.
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É fato que a participação da mulher no mercado de trabalho é 20% menor que a dos homens, segundo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), publicado em fevereiro deste ano; bem como elas recebem um salário inferior ao desempenhar as mesmas funções.
Em contrapartida, grandes empresas estão “se arriscando” e promovendo mulheres a cargos de chefia e colhendo excelentes resultados, porque, ao contrário do que muitos pensam, as mulheres tem “visão periférica“, ou seja, elas conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo (multiprogramação), enquanto que o homem possui visão cônica - só consegue fazer uma coisa bem por vez.
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Homens e mulheres não são adversários, não há subordinação ou hierarquia. Eles se complementam e, como tal, quando trabalham juntos, temos a sinergia positiva. As mulheres “humanizam” as empresas, elas se preocupam com o bem-estar dos funcionários, dos clientes, enfim, das pessoas em geral. As mulheres são ótimas no gerenciamento da responsabilidade social das empresas e, detalhe, elas podem fazer as mesmas tarefas que os homens fazem, das braçais às intelectuais. Elas podem até praticar esportes em alto nível, vide Hortência (basquete), Marta (futebol), Maria Esther Bueno (tênis), dentre outras.
Atualmente, as mulheres têm um nível de escolaridade maior que os homens, segundo pesquisa do Núcleo de Pesquisa em Gênero e Economia (NPGE) da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF), logo, não é a falta de capacitação que as limita no mercado de trabalho e sim, critério de escolha dos
empregadores.
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Empresas socialmente responsáveis e consumidores atentos às boas práticas de gestão tendem a mudar a nossa realidade, logo, aproveitem as oportunidades e sejam empresas “women friendly” (“amiga das mulheres”).
*Mônica Roberta é coordenadora Acadêmica do Projeto Reta de Chegada