Fábio Galvão - Divulgação
Fábio GalvãoDivulgação
Por Fábio Galvão*
A Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro não vai esquecer o dia 17 de fevereiro de 2020. Há mais de 30 dias, a CODIN tornou-se a primeira empresa pública brasileira certificada com a ISO 37.001, Sistemas de Gestão Antissuborno. Da cerimônia de entrega da certidão ficarão na memória as palavras do governador, Witzel, ao ressaltar o avanço e a transformação que esse selo representa para as possibilidades de investimento no território fluminense.

Na verdade, o evento coroou uma gestação que levou cerca de nove meses. Ao longo desse período, toda a Companhia e seus procedimentos passaram por avaliações de risco, treinamentos, controles financeiros e comerciais. Também foram instituídos relatórios e procedimentos de investigação. Isto é: com a padronização dos métodos de trabalho, até os mais rotineiros, torna-se possível não apenas aumentar a produtividade ao modernizar os sistemas de trabalho, mas evitar ações que firam os princípios éticos e da boa administração pública.

Para demonstrar a implementação total do programa de integridade, de acordo com a Lei 12846/2013, a “Lei Anticorrupção”, nossa certificação foi credenciada pelo RINA. Esta corporação global existe há mais de 160 anos, com expertise em conformidade às normas internacionais e chancelada no Brasil pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Além da auditoria inicial de certificação, realizada em dois estágios, teremos pela frente mais duas, de monitoramento, e uma terceira, em 2023, para a renovação do certificado. Passos que irão garantir a nossa capacidade de realizar negócios de maneira leal, correta e transparente, de acordo com os regulamentos, padrões e diretrizes nacionais e externas.

No meio dessa jornada há o espírito público, com a disposição de tornar a CODIN uma facilitadora para o acesso das coirmãs da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, bem como de outras instituições, à implantação da ISO Antissuborno. Afinal, os fenômenos da corrupção e da improbidade, ao contrário do que se pensa, não afetam somente governos, mas, também, indistintamente, cidadãos, entidades públicas e empresas privadas, provocando a concorrência desleal e comprometendo o crescimento econômico.

No Rio de Janeiro cumprimos o dever de casa. Resgatando a credibilidade e apostando na segurança jurídica para o investidor. Afinal, como bem lembra o escritor Fernando Sabino:
“É preciso ter a certeza de que se está sempre começando; a certeza de que é preciso continuar e a certeza de que seremos interrompidos antes de terminar; o que importa é fazer da interrupção um caminho novo, fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte e da procura um encontro”. Estamos no caminho certo, com o retorno do crescimento. Agora, devemos reforçar essa cultura de integridade e atrair, com a confiança dos investidores, ainda mais desenvolvimento para o nosso estado.

*Fábio Galvão é presidente da Codin RJ