Jorge Felippe  - Divulgação
Jorge Felippe Divulgação
Por Jorge Felippe*
A pandemia do Coronavírus trouxe consigo uma epidemia de informações, desinformações, notícias falsas, pronunciamentos ora constrangedores, ora chocantes, e que precisam ser combatidos com responsabilidade e seriedade por partes daqueles que escolheram para as suas vidas a função de servir ao cidadão, à cidadã e à cidade.

Na condição de presidente da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, me cabe neste momento informar que estamos todos em regime de quarentena funcional, ou seja, trabalhando diuturnamente em busca de medidas que possam mitigar os efeitos da pandemia e do consequente isolamento social que ela nos impõe, seguindo as orientações expressas da Organização Mundial da Saúde.

Os poderes legislativos municipais têm, também, fundamental importância neste momento, e de nossa parte não haverá trégua nesta luta contra a pandemia do Coronavírus. Nossas sessões no Parlamento continuam públicas, agora de forma virtual, online, na intenção de preservar aqueles que acompanham presencialmente as nossas sessões, bem como os funcionários e terceirizados que convivem conosco diariamente, além, claro, dos parlamentares. Entendemos que é nosso dever dar o exemplo. Aliás, também por este motivo, a maioria dos vereadores decidiu que que absolutamente nenhum projeto será votado se não estiver relacionado à Covid-19.

Desta maneira, já está na pauta de votação a criação do Fundo Emergencial de Combate à Covid-19. Decidimos, em favor da prefeitura, propor o adiamento do pagamento de uma dívida que o Poder Executivo tem com a Câmara Municipal no valor de R$ 20 milhões, oriunda da venda de um terreno, para que a cidade possa dispor destes recursos no combate à pandemia. Nada é mais premente neste momento do que efetivar a principal promessa de campanha do prefeito e cuidar das pessoas. De todas as pessoas.

Para isso, temos projetos em votação, de autoria não apenas da presidência, mas dos mais diversos vereadores, dos mais diferentes partidos e posições ideológicas, que estabelecem, por exemplo, desde a isenção de IPTU e taxa de coleta de lixo a estabelecimentos que estão impedidos de funcionar por causa da pandemia à aplicação de vacinas em farmácias e drogarias da cidade, como forma de evitar a lotação dos postos de saúde e ajudar na não disseminação do vírus no nosso município.

Outros mais estão chegando, pensando na recuperação econômica do Rio de Janeiro, na manutenção dos empregos, na garantia de renda mínima àqueles que mais precisam, no acolhimento humanitário para as pessoas em situação de rua e muitos mais. Este é mais um daqueles momentos históricos que exigem que a classe política se posicione de maneira efetiva, com o devido espírito público que nos concerne. E a Câmara Municipal, com todas as diferenças necessárias a um parlamento e a uma democracia, está fazendo sua parte.

*Jorge Felippe é presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro