
Resiliência é o comportamento mais adequado para o contexto atual. Palavra emprestada da Física pela Administração, significa a capacidade de se adaptar às situações de extrema contrariedade, sem o tempo necessário para absorver seu impacto, exigindo imediata resposta para diminuir o dano e/ou reverter o seu resultado. Os principais aspectos relacionados à resiliência são: a proatividade para entender o problema e eliminar pontos fracos; a mobilização que gera discussão sobre o tema e amplia seu entendimento; e o compartilhamento das boas práticas experimentadas.
A resiliência é uma competência muito valorizada pelos líderes e pelas organizações em tempos como o que estamos vivendo. Ela amplia o equilíbrio diante das adversidades; motiva atitudes proativas; maximiza indicadores de desempenho; encoraja a redução de risco e, principalmente, amplia a capacidade de quebrar paradigmas e de pensar fora de um quadrado imaginário que limita a criatividade e a inovação.
Vivemos dias de incertezas e indefinições. Muitas dúvidas e poucas certezas. Isolamento social e confinamento. Situações nunca vividas por nós antes. Falta liderança em tempos de crise. O papel da liderança neste contexto exige características pessoais, habilidades e competências diferenciadas. Muitas rotinas alteradas sem contingenciamento prévio. Uma adaptação rápida se faz necessária sem perda de produtividade e de tempo, com aumento da capacidade de pensar em alternativas viáveis para a manutenção das atividades, preservando nosso bem maior: a vida. Tempo de distanciamento pessoal, mas de aproximação virtual qualificada. De encontrar uma nova forma de administração do tempo e de prioridades, sem enganos.
Assim como os médicos, enfermeiros e profissionais da saúde são incansáveis e arriscam suas vidas e de suas famílias no front de uma guerra em que o inimigo é desconhecido e cruel; assim como milhares de profissionais dos serviços essenciais e seus entes queridos enfrentam uma rotina de incertezas para que não nos falte o abastecimento e as condições mínimas de subsistência, também nós temos um papel fundamental na manutenção da empatia necessária para superarmos este tempo difícil , deixando de lado o que nos afasta para priorizar o que nos aproxima, colocando os interesses coletivos acima dos individuais.
Certamente, depois que tudo isso passar, as organizações não serão mais as mesmas. A forma do trabalho pode ser modificada. Os líderes poderão saber com quem podem verdadeiramente contar. Mas, até lá, faça a sua parte. A sociedade agradece.
