Ingrid e Paulo, da Felicitá Noivas, estão buscando soluções para manter o negócio funcionando - fotos ARQUIVO PESSOAL
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Uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) aponta que os casos de depressão aumentaram 90% em pouco menos de um mês. O índice anotado pelo levantamento tem como causa o isolamento social provocado pela covid-19.

O estudo foi realizado com 1.460 pessoas em 23 estados e coordenado por Alberto Filgueiras, da Uerj, em parceria com Matthew Stults-Kolehmainen, do Hospital New Haven, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Os dados foram coletados em dois períodos: entre os dias 20 e 25 de março e entre 15 e 20 de abril.

A prevalência de pessoas com estresse agudo subiu de 6,9% para 9,7% (aumento de 40%) entre um questionário e outro. Já os casos de depressão saíram de 4,2% para 8%. A incidência de crise aguda de ansiedade, por sua vez, foi de 8,7% para 14,9% (alta de 71%).

"Esse período da quarentena não é o momento de mudar seus hábitos radicalmente. Isso pode gerar ainda mais angústia. Respeite seu estilo de vida e seus limites", destacou Filgueiras, em nota divulgada pela Uerj. A pesquisa, segundo a instituição, deve ter "novos ciclos de aplicação do questionário" até o fim do período de isolamento.

O levantamento demonstrou que quem recorreu à psicoterapia pela internet apresentou índices menores de estresse e ansiedade. Da mesma forma, aqueles que puderam praticar exercícios tiveram melhor desempenho do que os que não fizeram nenhuma atividade física ou que praticaram apenas atividade de força. Nos próximos meses, a pesquisa terá continuidade com novos ciclos de aplicação do questionário, enquanto durar a quarentena.

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