Vera Lins - Divulgação
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Por Vera Lins*
O Rio de Janeiro já passa de 54 mil habitantes infectados pelo vírus do Covid 19. Grande parte delas, por descumprirem as normas de segurança impostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e por desrespeitarem os decretos publicados pela prefeitura e governo do Estado. É comum vermos diariamente, apesar de todas as orientações, trabalhadores expostos ao vírus em transportes públicos,
supermercados, metrô e trens, o que aumenta o risco de contágio da população. Em março um decreto publicado pelo prefeito, determinou que os ônibus e BRTs só poderiam circular com passageiros sentados, o que gerou uma enorme revolta por parte dos usuários, já que os consórcios e empresas de ônibus reduziram a frota em 50% e, para piorar a situação, muitos motoristas e cobradores começaram a ser infectados, contabilizando até o momento mais de 134 profissionais atingidos pelo Covid 19 com 28 óbitos. Os taxistas, categoria que lida diretamente com o público, também foram atingidos e já somam mais de 30 óbitos desde o início da pandemia.

O que falta, em minha opinião, é um pouco mais de conscientização de uma pequena parte da população de que só conseguiremos derrotar esse vírus, se todos estivermos conscientes de que o uso da máscara,
lavar as mãos e o uso de álcool gel, coisas simples do dia a dia, são as nossas principais armas. Essa conscientização vale também para os responsáveis por todos os modais existentes na cidade, que precisam
assumir a responsabilidade em garantir a saúde e segurança de seus funcionários e usuários. Temos hoje já em vigor a lei nº 8801, que determina que os transportes públicos sejam totalmente higienizados. 

No caso dos ônibus, essa higienização tem que ser feita obrigatoriamente nas garagens e nos pontos finais ao fim de cada viagem, garantindo assim uma maior proteção não só para os usuários, como também para motoristas e cobradores. Porém os profissionais afirmam que essa desinfecção dos veículos não vem sendo feita de maneira adequada; por isso é preciso que a secretaria de transporte intensifique a fiscalização para saber, entre outras coisas, se esses profissionais estão recebendo os Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs) adequadamente. As empresas também precisam ser questionadas no que diz respeito ao número de máscaras entregues, quais empresas que foram contratadas para realizar o serviço de higienização e se o
produto que elas utilizam é o adequado para isso, já que a lei em vigor prevê sanções, como a aplicação de multas e até a cassação da concessão. Por isso a importância de uma rigorosa fiscalização por parte das autoridades para que essa lei seja cumprida, o que trará maior segurança para todos.

No mais, vamos continuar cumprindo as determinações das autoridades de saúde para que possamos, em breve, voltar a rotina e normalidade de nossas vidas. O Rio de Janeiro é e sempre será uma cidade maravilhosa e com um povo determinado. Vamos virar esse jogo!
*Vera Lins é vereadora (Progressista) e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor