Que tipo de uniforme teremos que usar a partir de agora, sabendo que na cozinha há fogo, água e é um local extremamente quente? O uniforme e sua desinfecção serão garantidos pelo governo ?
Como servir a merenda com segurança, sem aglomeração, já que no refeitório não há espaço físico suficiente para receber as turmas? Além disso, considerando que será um local onde, obrigatoriamente, as crianças ficarão sem máscaras, como garantir a não transmissão do coronavírus?
Como será a limpeza do refeitório entre os intervalos das turmas, se também será feita a desinfecção nas salas de aula? Chegando às escolas, teremos que tomar banho e nos trocar. Como faremos isso se não há banheiros com chuveiro para uso dos funcionários?
Faço estas indagações enquanto merendeira. A gente, que está nesta função, sabe das dificuldades do dia a dia. A gente conhece melhor do que qualquer governante a nossa rotina e afirmamos que não há, ainda, segurança para a volta às aulas. Não há como proteger alunos e profissionais da Educação, enquanto não houver um mínimo de planejamento de segurança.
*Cristiane Rodrigues é merendeira, coordenação da Regional 3 do Sepe-RJ