Opina 17 julho
Opina 17 julhoArte Paulo Márcio
Por Alan Pereira*
Ação ou efeito de comunicar, transmitir ou receber ideias, conhecimento, mensagens etc., buscando compartilhar informações. Assim é definida, genericamente, a comunicação, que teve seus primeiros registros no período paleolítico, com representações gráficas. Atualmente ela continua protagonista nas relações humanas e com os recursos tecnológicos potencializa cada vez mais a sua relevância. Como tudo, serve para o bem e para o mal. Em tempos tão difíceis, utilizada de forma consciente é positiva. Já as formas nada nobre de seu uso é o que temos a lamentar.
Há pouco mais de 30 anos era impossível imaginarmos os apetrechos tecnológicos ao nosso redor. Víamos isso no desenho “Os Jetsons” que passeavam em carros voadores e falavam em aparelhos sem fios. Os carros ainda não temos, mas é questão de tempo, porém os celulares desde a década de 1990 é uma realidade, tendo a cada dia novas funcionalidades. Paralelo a isso chegaram as redes sociais e, definitivamente, não há mais barreiras para se comunicar.
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Nesse período de isolamento social as plataformas digitais para conferências têm roubado a cena e quebrado paradigmas para a realização de reuniões e eventos. Certamente, o momento pós-epidemia será inovador, ditando novos modelos no contato pessoal e corporativo.
Infelizmente, nem tudo são flores. Muitos utilizam as redes para disseminar o ódio, preconceito, racismo e as chamadas fake news, inclusive na nossa já tão desgastada política, o que induz a população a opiniões deturpadas com base não em fatos, mas em factoides de intenções questionáveis.
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Há também acusações contra a imprensa. Certos empresários, políticos e, agora, alguns seguidores, a acusam de faltar com a verdade. No entanto, coincidência ou não, geralmente tais apontamentos partem de suspeitos de envolvimento em atos obscuros e ilícitos, no geral, no mínimo duvidosos, cuja cobertura jornalística traz à tona. Tal inconformismo pode ser evitado na medida em que se mantenha um comportamento íntegro. Simples assim, pois contra fatos não há argumentos.
Aliás, integridade esta comunicada por vezes pela imprensa, com histórias de superação e de gestos e ações humanitárias. As próprias empresas que neste momento trágico colaboram com a população, deve ter as suas marcas divulgadas sim, e, passada a pandemia, certamente serão lembradas pelo consumidor mais socialmente consciente e exigente.
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Enfim, a liberdade de expressão é legítima e deve ser soberana, porém, independentemente de onde venha, essa comunicação deve ser responsável.
*Alan Pereira é jornalista e empresário