Patrícia Franco - Divulgação
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Por Patrícia Franco*
A luta pela construção de ambientes de trabalho mais diversos é uma busca por uma representação mais fiel a realidade do Brasil. Mas o que as organizações têm feito para combater a discriminação e promover a diversidade?

De acordo com a revista Época Negócios, a pesquisa “A Diversidade e Inclusão nas Organizações no Brasil”, realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), houve o crescimento de programas de diversidade no ambiente de trabalho. Participaram do estudo 124 companhias que, juntas, faturaram R$ 1,24 trilhão, equivalente a 18,3% do PIB brasileiro em 2018. Entre essas empresas, 63% têm programas de diversidade e inclusão.

A Aspen Pharma, filial brasileira da farmacêutica sul-africana, acredita que quanto mais diversa e inclusiva uma organização for, mais competitiva ela será em seu mercado, destacando-se em questões como inovação, desempenho, engajamento e retenção de talentos.

A diversidade racial, de gênero, profissional e intelectual mostra novos caminhos e agrega experiências importantes. Criar uma atmosfera de empatia no dia a dia de trabalho, na minha opinião, deve estar inserido no propósito do RH

Na Aspen temos como cultura não pré-julgar, pois acreditamos que, por vezes, o estereótipo carrega aspecto negativo, errôneo e simplista. Outro aspecto que priorizamos e estimulamos é a liderança feminina. Hoje, 59% do quadro de funcionários é composto por mulheres. 

Nesse cenário, nos preparamos, cada vez mais, para estarmos integrados com o tema, e no ano passado, oficializamos o nosso Programa de Diversidade e Inclusão (D&I). Uma de nossas iniciativas foi a contratação da primeira colaboradora transgênero, através de uma parceria com a TransEmpregos. Quando realizamos um processo seletivo, buscamos avaliar as competências e habilidades dos candidatos. Respeitamos a história de cada um e suas escolhas. Todos podem concorrer a uma oportunidade de trabalho na Aspen Pharma. Nós valorizamos as pessoas como elas são.

4 dicas para as empresas serem mais diversas:

1) Ter um “defensor” da diversidade – Ter uma pessoa ou grupo de pessoas com um profundo interesse em promover e apoiar uma força de trabalho diversificada e inclusiva;

2) Apoio da alta liderança - O apoio da liderança (CEO e líderes) é necessário para garantir que os esforços recebam a devida atenção;

3) Cultura inclusiva - A gestão se torna responsável por exibir comportamentos inclusivos, gerenciando seus próprios preconceitos e apoiando o trabalho dos funcionários para à cultura organizacional

4) Preparação dos colaboradores para a nova etapa - Desde treinamentos específicos até campanhas educativas e de conscientização, palestras e dinâmicas que fomentem a inclusão.

*Patrícia Franco é diretora de Recursos Humanos da Aspen Pharma Brasil