Max Lemos está em seu primeiro mandato como deputado estadual  - Divulgação/Alerj
Max Lemos está em seu primeiro mandato como deputado estadual Divulgação/Alerj
Por Max Lemos*
Nova Iguaçu é uma cidade exuberante. Com uma área de 520,807 quilômetros quadrados, tem aproximadamente 40% de seu território coberto por Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ricos do planeta. A cidade tem o Parque Natural Municipal, cercado de cachoeiras e habitado por animais silvestres. A Serra do Vulcão, outro patrimônio natural iguaçuano, ideal para a prática de trilhas, caminhadas e esportes de vôo livre, como asa delta e parapente, anda esquecido pelo poder público.

O que acontece com Nova Iguaçu? A cidade recebe ICMS Ecológico, uma verba que possibilita que os municípios tenham acesso a parcelas dos recursos financeiros arrecadados pelos Estados através do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para aplicação exclusiva em ações de preservação do meio ambiente. Mas a única coisa que vemos nessas duas grandes áreas de beleza natural são as constantes queimadas e a violência no entorno desses pontos, impossibilitando que a população freqüente os espaços.

Nova Iguaçu precisa se articular. Grandes cidades já mostraram que a união com a iniciativa privada, gerenciando espaços públicos, dão certo. A exemplo da cidade de Balneário Camboriú, no sul do Brasil, onde uma empresa coordena uma grande área verde com bondinho, trilhas e zoológicos, atraindo famílias de todo o Brasil durante todos os meses do ano. Na capital do Rio de Janeiro não é diferente. A maioria dos cartões postais tem de parceria com o setor privado e recebem turistas de todo mundo. O exemplo mais recente foi a construção do AquaRio e da roda gigante, ambos na Zona Portuária. O espaço que ficou abandonado durante décadas, hoje é um sucesso e recebe famílias para passeios e movimenta a economia no centro da cidade.

Nova Iguaçu tem um potencial turístico enorme, que precisa ser explorado. Desde as belezas naturais de Tinguá, passando pela adrenalina e aventura dos vôos livres, trilhas e caminhadas na Serra do Vulcão até toda sua riqueza histórica, como as ruínas da Fazenda São Bernadino. Estimulando o turismo, a economia gira e todo mundo ganha: novos empreendimentos surgem no entorno como: hotéis, pousadas, bares, restaurantes, mercados, lojas.

É preciso trabalhar para atrair a iniciativa privada. Ter um calendário fixo com grandes eventos também é fundamental. Por que não podemos ter o Rock in Baixada? Ou dois finais de semana de festival gospel? Dessa forma, além de manter a ocupação da rede hoteleira, novos empregos são gerados, o dinheiro circula na cidade, além da questão do lazer em si e do entretenimento. O turismo pode e deve ser uma das apostas para o futuro! Potencial natural Nova Iguaçu já tem. Preservação ambiental e desenvolvimento econômico podem e devem caminhar juntos!

*Max Lemos é deputado estadual (PSDB)