Animado por esses resultados, como coordenador da Educação no Detran, venho propor um pacto: não deixar que o índice volte a subir. Não é difícil. São pequenos hábitos que, introduzidos, podem salvar a vida, muitas vezes, de quem mais amamos, como feito na pandemia. O que fazer? Se fomos capazes de usar máscara e álcool em gel, conseguiremos não falar ao celular enquanto dirigimos.
No Rio de Janeiro, a população tem respondido positivamente às nossas campanhas. Desde a década de 2010, os índices mostram que estamos aos poucos mudando os hábitos. Mas, não dá para dizer que 232 vítimas por mês de janeiro a agosto, sofrendo as sequelas de acidentes ou atropelamentos, é um dado bom. Lutamos para que não tenhamos nenhuma vítima. No Brasil, 1/5 da população ainda digita ou fala no celular enquanto conduz o veículo. E um a cada dez motoristas bebe álcool antes de pegar o carro.
Mesmo no interior do Estado do Rio, os acidentes fatais ainda são um problema sério. Esses dados, compilados pelo ISP e pelo Detran, mostraram que nessas cidades, em média, seis pessoas morreram e 75 ficaram lesionadas por dia.
Por todos estes fatores, a Coordenadoria de Educação do Detran está se reinventando e utilizando a internet como aliada em tempos de pandemia para difundir a mensagem de cuidar da direção. Em época de entregas a mil, precisamos olhar a todos: motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. Cartilhas sobre como conduzir e se cuidar na pandemia e no trânsito estão sendo distribuídas por meios digitais para a informação circular o máximo possível. Estamos voltando a fiscalizar e educar, principalmente os profissionais da entrega.
O povo fluminense tem seus hábitos. Tem o hábito de vencer desafios, de superar barreiras, de se reinventar quando é preciso. Com a pandemia, mostramos essa incrível capacidade mais uma vez. Porque a gente sabe que mudar hábitos salva vidas. No trânsito também é assim. Vamos fazer cada um a sua parte e tornar o Estado do Rio o melhor lugar para circular.