Os custos de uma metrópole, atualmente, são imensos em se considerando a necessidade de grandes obras públicas para garantir transporte, mobilidade urbana e segurança. O deslocamento de novos empreendimentos para uma distância entre 100 e 200 km das capitais, com as boas estradas e até mesmo, em muitos estados, com a proximidade de aeroportos integrados na malha das empresas de aviação, ajudaria muito na geração de empregos. Muita gente, com a experiência da pandemia, descobriu a
qualidade de vida no interior.
Em quase todos os estados do Brasil, as cidades de porte médio têm qualidade de vida como, por exemplo, no Rio, Friburgo, Vassouras, Resende, Cabo Frio e Angra dos Reis. Muitas com faculdades de boa qualidade, algumas já com boa medicina privada, e bem servidas de transportes e oportunidades.
O mundo pós-pandemia vai valorizar essas coisas, tendo percebido que os grandes centros, com aglomerações nos transportes, nos bairros mais populares, favorecem a disseminação de doenças, como tem sido o caso do coronavírus. E o poder público, atento a bem aproveitar os recursos disponíveis, que, por algum tempo, estarão curtos, compreenderá que será uma boa política a interiorização, cobrindo, inclusive,
certa falta de mão de obra nas áreas rurais. Destinar parte dos recursos para o interior, criando pequenos e médios empreendimentos próximos de zonas produtoras, agrovilas, poderia facilitar esta volta ao campo, pela qualidade de vida.
A pandemia já valorizou a vida fora dos grandes centros. O mercado imobiliário residencial teve a demanda, de alugueis e compras, aumentada. É preciso deter o crescimento das periferias, que pelos problemas sociais, acabam se tornando violentas. O retorno de famílias de baixa renda seria consequência da oferta de oportunidades nestas cidades. Planejamento é isso.
O momento é propício a se examinar essas alternativas. Não custa nada.