Marcos EspínolaDivulgação
O Pix, lançado há um ano e que visa facilitar as transações bancárias digitais, caiu nas graças da população. Podendo ser utilizado 24 horas por dia, tem o diferencial do dinheiro transferido entrar de imediato na conta do beneficiário sem qualquer custo. Estatísticas do Banco Central apontam 263 milhões de chaves cadastradas por 98 milhões de usuários do serviço até junho de 2021.
No entanto, a outra face da história é que logo após o Pix ter sido lançado, criminosos passaram a utilizá-lo para praticar golpes na internet. Um deles é o golpe do cadastro, no qual e-mails, mensagens e mídias sociais falsas de instituições financeiras são enviadas para as pessoas. Os anúncios levam para sites falsos, com o layout igual ao de bancos conhecidos. O site solicita os dados da pessoa, inclusive senhas, o usuário não tem o cadastro do Pix realizado e o golpista passa a ter acesso aos seus dados pessoais.
Outro golpe é o comprovante de Pix falso, no caso de compra e venda entre pessoas físicas feita pela internet, mas com entrega física do produto. O criminoso vai até o local combinado para a entrega, retira o produto e envia por mensagem um comprovante de transferência via Pix, idêntico ao gerado pelo banco, porém falso. Tem ainda o golpe do Pix errado, o do Pix agendado, entre outros.
Somado aos golpes no ambiente online tem o agravo dos sequestros-relâmpagos quando bandidos forçam o indivíduo a realizar transferências. Em São Paulo, o aumento foi de quase 40% desde o lançamento do Pix. Embora não haja estatísticas precisas a média nacional deve girar em torno disso.
A tecnologia é positiva, mas deve ser pensada também com o olhar da segurança. E precisamos ter maior rigor da lei com punições severas, nessa relação entre Pix e crime.
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