Ana CoquitoDivulgação
Embora a tecnologia seja, sem dúvida, uma aliada poderosa no aprendizado, seu uso excessivo pode trazer impactos negativos nas relações sociais e no desempenho acadêmico. Pesquisas da UNESCO mostram que o uso indiscriminado de celulares afeta negativamente a memória e a cognição e pode aumentar os índices de ansiedade entre jovens. Em um mundo onde a socialização ocorre, cada vez mais, no plano virtual, os riscos de isolamento e a perda de habilidades interpessoais tornam-se preocupações reais.
Não se trata apenas de banir dispositivos, mas de compreender como sua ausência pode transformar positivamente o ambiente escolar. Sem as distrações constantes de notificações e redes sociais, os alunos tendem a se concentrar mais, o que reflete diretamente na melhora do desempenho acadêmico. Além disso, a interação presencial entre os estudantes, livre das barreiras impostas pelas telas, fortalece habilidades como empatia, colaboração e resolução de conflitos.
A proibição também pode atuar como uma estratégia para combater a ansiedade frequentemente associada ao excesso de tempo de tela. O afastamento das redes sociais durante o período escolar oferece aos alunos a oportunidade de se desconectarem do ciclo incessante de atualizações, permitindo maior foco e bem-estar.
Contudo, a implementação dessa medida exige diálogo e planejamento. Pais, professores e estudantes precisam estar alinhados quanto às regras e seus objetivos. A criação de alternativas para engajar os alunos — como projetos colaborativos, atividades esportivas e culturais — é fundamental para que a transição ocorra de maneira suave e eficaz.
Diante dos desafios impostos pelo mundo hiperconectado, medidas como a regulamentação do uso de celulares em escolas podem representar um retorno às bases do aprendizado: foco, convivência e desenvolvimento integral. Cabe às escolas não apenas impor regras, mas também liderar uma reflexão sobre como equilibrar os benefícios da tecnologia com as necessidades humanas de interação e crescimento pessoal.
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