Ponte do Castelo, em ItaipavaFoto: Divulgação
União e Indústria e BR-040: Unita quer garantia de acessos entre as rodovias fundamentais para a mobilidade de Itaipava
A reivindicação ocorre no momento em que o Ministério dos Transportes prepara licitação para a nova concessão da BR-040, trecho entre Rio e Juiz de Fora, passando por Petrópolis
Petrópolis - O movimento Unidos por Itaipava (Unita) está concentrando esforços em pressionar as autoridades responsáveis pelas rodovias BR-040 e União e Indústria para garantir melhorias nos acessos entre essas vias, fundamentais para a mobilidade urbana de Itaipava e demais distritos. A BR-040, que liga o Rio de Janeiro a Minas Gerais, e a Estrada União e Indústria, que corta Itaipava, são vias federais paralelas, e o trânsito entre elas precisa de intervenções urgentes para aliviar o congestionamento crescente na região. A reivindicação ocorre no momento em que o Ministério dos Transportes prepara licitação para a nova concessão da BR-040, trecho entre Rio e Juiz de Fora, passando por Petrópolis. O Plano de Exploração da Rodovia (PER) divulgado, no entanto, não contempla estas intervenções e a meta é que o documento seja revisto acrescentando essas obras ou que elas sejam feitas pelo Dnit.
“Uma outra possibilidade é que ANTT e Dnit cooperem nisso e estabeleçam o que cada um pode ser responsável. São organismos federais subordinados ao Ministério dos Transportes, a quem cabe a gestão das rodovias”, afirma Fabrício Santos, um dos empresários que encabeça o Unita.
Hoje, os acessos existentes entre as rodovias são em Pedro do Rio, Barra Mansa (antes da Jacuba, onde acessam somente carros), Trevo de Bonsucesso, Estrada do Catobira, Ponte do Castelo e a Ponte do Arranha-céu. “Os acessos são vitais para o fluxo de veículos e a segurança dos motoristas. Muitos pontos enfrentam problemas estruturais sérios, como nas pontes e na pavimentação. O Unita visa melhorias em acessos já existentes, além de defender a criação de novos trechos de conexão, especialmente em áreas de tráfego intenso e onde seja possível “abrir” esses canais de comunicação entre as vias”, aponta Alexandre Plantz, outro líder do movimento empresarial. Dois desses acessos seriam na altura dos quilômetros 59 e 61, além de uma ponte e trevo no quilômetro 59,5, permitindo uma conexão direta entre a BR-495 (Petrópolis-Teresópolis) e a BR-040.
O Unita cita o esforço de entidades como Sicomércio e NovAmosanta que têm técnicos debruçados sobre o edital da nova licitação e que também elencaram, além dos pontos apresentados pelo Unidos por Itaipava, outros itens cruciais a serem incluídos na nova concessão.
O leilão para a nova concessão da BR-040, previsto para o primeiro trimestre de 2025, traz a expectativa de investimentos significativos. O Programa de Exploração da Rodovia (PER), elaborado pela ANTT, projeta R$ 4,95 bilhões em obras, incluindo uma nova ponte de acesso a Itaipava com duas faixas, calçadas e acostamentos. No entanto, Alexandre Plantz, alerta que “as intervenções previstas são insuficientes diante da magnitude dos problemas de acesso ao distrito. Precisamos de atenção em todos os pontos críticos”, aponta.
Para o Unita, além da manutenção das vias, é crucial que a ANTT, a quem cabe a gestão da BR-040 e o Dnit. responsável pela União e Indústria, cooperem na duplicação de trechos e na pavimentação, iluminação e manutenção adequadas, assegurando que o tráfego não só flua melhor, como também que a segurança dos pedestres e motoristas seja garantida.
O movimento vai atuar de forma incisiva junto às autoridades competentes, buscando que o PER inclua mais detalhes sobre esses acessos e proponha soluções mais abrangentes antes da concessão ser assinada. Essa meta do Unita, que busca alinhar a BR-040 e a União e Indústria, reflete a crescente preocupação dos moradores com a mobilidade em Itaipava, que se consolidou como um polo de desenvolvimento urbano e turístico, mas que sofre com problemas de infraestrutura não resolvidos.
De acordo com a ANTT, está previsto que o Edital para a concessão da BR-040 seja finalizado ainda neste ano e que o leilão do projeto aconteça no primeiro trimestre de 2025. O contrato de concessão terá duração de 30 anos, contados a partir da data da adesão pela concessionária vencedora. O PER ainda pode ser alterado até a realização da licitação.
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