Por adriano.araujo

Rio - O cirurgião plástico Renato Palhares, marido da médica assassinada na Linha Vermelha, comentou nesta quarta-feira os rumos da investigação do crime ocorrido no último domingo. Ele falou sobre a possibilidade de homicídio e criticou a rotina de violência no Rio.

"Uma execução é sempre chocante, né? A Gisele trabalhava com o que ela gostava. Apesar de não precisar, ela gostava de fazer programa de saúde da família e ajudar os mais pobres. Vou continuar com o trabalho dela e ajudar o orfanato que ela sempre ajudou.(...) Infelizmente, a violência está se tornando rotina. Hoje fui eu e amanhã vai ser mais alguém se a gente não tomar uma providência. Vamos criar o movimento Viva Gisele para não deixar esse crime ficar impune", contou no 'Encontro com Fátima Bernardes', da TV Globo.

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Renato Palhares%2C marido de médica assassinada na Linha Vermelha%2C falou sobre o crime no 'Encontro'Reprodução TV Globo

Palhares também disse que eles conversavam sempre sobre a violência. "No fundo ela tinha medo, mas andava com um cordão de Nossa Senhora e achava que aquilo ia libertá-la de todas as maldades humanas. Tentei convencê-la a comprar um carro blindado, mas foi em vão. Ela gostava do carrinho dela", revelou.

O cirurgião não acredita na hipótese de execução e contou que ela não tinha inimigos. "Não. Até porque a Gisele era muito querida na região (...) Agora o fato de você estar na política e fazer muito sucesso... O posto dela era o que mais atendia na região", falou.

Polícia fecha Linha Vermelha para fazer perícia

No início da tarde desta quarta-feira, cerca de 20 agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) fecharam um dos acessos da Linha Vermelha para fazer uma perícia complementar com o carro da médica. Na ocasião, o delegado titular da DHBF, Giniton Lages, fotografou o local onde o veículo da vítima subiu um barranco de dois metros. O carro de Gisele foi atingido por três tiros, na noite do último sábado: um na porta traseira, outro na porta do motorista e um no vidro.

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