Rio - Sob a alegação de que a violência está sem controle, o vice-presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado estadual Dionísio Lins (PP), apresentou nesta quarta-feira um polêmico projeto de lei, que proíbe a instalação de equipamentos de fiscalização de velocidade em áreas de risco em todo o estado. O mesmo projeto determina que pardais e lombadas eletrônicas já existentes nessas localidades, sejam retirados gradualmente, e que as prefeituras mapeiem os pontos tidos como perigosos.
No dia 22, a pedido da comissão, a Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio), já havia removido todos os pardais da Avenida Edgard Romero, em Madureira. Os deputados justificaram a medida, argumentando que os equipamentos, principalmente os que existiam próximos às comunidades da Serrinha e Cajueiro, facilitavam a ação de assaltantes nos engarrafamentos, supostamente causados pelos aparelhos.
“A intenção é resguardar a vida dos motoristas, não raramente atacados ao reduzirem a velocidade. Não estamos incentivando o avanço de sinais. Queremos apenas que as áreas de risco fiquem livres dos equipamentos. Infelizmente estamos entre a cruz e a espada: ou o cidadão tem seu veículo roubado ou é recebe multa para salvar a vida e de sua família.”
‘Instalação sem estudo’
Em nota, a CET-Rio informou “que desde 2009 os equipamentos cuja fiscalização é necessária apenas durante o dia (próximos a escolas, por exemplo), não funcionam 24 horas por dia.” Os existentes em áreas perigosas, ficam desligados entre 22h e 6h. Em sua justificativa, Dionísio Lins acusou a prefeitura de “instalar indiscriminadamente pardais e lombadas eletrônicas sem estudo.”