Por gabriela.mattos
Regina passou por quatro postos até conseguir ser medicada em CaxiasÁlbum de família

Rio - O Estado do Rio enfrenta uma epidemia de esporotricose, que afeta animais, principalmente os gatos, e é transmissível a humanos. Mas muitas pessoas que contraíram a doença enfrentam dificuldade de tratamento em unidades médicas da rede pública e algumas precisam recorrer a clínicas particulares.

Moradora de Duque de Caxias, a artesã Regina Alves, de 55 anos, peregrinou por mais de um mês até conseguir atendimento. Arranhada por um gato, o machucado parecia um cabelo inflamado. A lesão virou furúnculo e o aborrecimento cresceu, já que ela passou por quatro postos de saúde até conseguir atendimento. “Dois não tinham dermatologista e no outro a data de atendimento era muito distante. Tive febre, íngua, muita dor nas articulações e tornozelo inchado. Apareceu até um caroço no meu globo ocular”, disse ela, que conseguiu ser atendida no Centro Médico de Caxias e foi encaminhada ao oftalmologista.

Sem conseguir atendimento na rede pública, o morador de Realengo, Brenno Oliveira, 23, recorreu à rede particular para se tratar. No entanto, já desembolsou R$ 200 por duas consultas e mais R$ 85 para comprar remédio. “Na Clínica da Família do meu bairro os funcionários não sabiam nem dar informação sobre esporotricose. Disseram apenas que eu deveria procurar a Fiocruz. Em dez dias já gastei quase R$ 300”, reclama ele, que contraiu a doença depois que o gato dele morreu.

“Não há motivo para a doença se espalhar. O que está faltando é atendimento das unidades básicas de saúde. O diagnóstico é relativamente fácil e o tratamento também simples”, afirma a diretora do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), Sandra Thomé.

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