Rio - No ano em que completa 20 anos no quadro de docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o professor de Jornalismo Rafael Casé lamentou a situação da faculdade por meio da hashtag "#somosuerj", nas redes sociais. Já o estudante de Letras, Felipe Fritz, de 19 anos, utilizou a tag para demonstrar força à Uerj, que está em greve há quatro meses. Assim como eles, centenas de estudantes e professores pediram respeito à faculdade, que ainda nem começou o ano letivo.
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A relação de Casé com a Uerj começou muito antes de ele se tornar professor. Ele se formou em Jornalismo e Relações Públicas, na década de 1980, e fez o mestrado, entre 1989 e 1995, na universidade. Em entrevista ao DIA, o professor afirmou que a questão da Uerj é "institucional". De acordo com Casé, é uma "crueldade terrível" deixar uma universidade pública chegar neste estado.
"O governo estadual está fazendo vista grossa, com a justificativa de que não tem dinheiro. E vai deixando a Uerj paralisada. É muito grave. Você paralisa todo um sistema de ensino público, todos os projetos que estavam em andamento. Ninguém pode ficar calado na situação que estamos vivendo. As redes sociais são uma fonte de propagação da revolta das pessoas", reforçou o professor.
Aluno da Uerj desde agosto do ano passado, Felipe Fritz só conseguiu cursar um período da graduação de Letras/Literatura. Por diversos momentos durante a greve, ele contou que ficou receoso com o calendário desregular e chegou até a duvidar se tinha escolhido o curso certo.
"Pesquisei até bolsas em universidades particulares. Mas meu pensamento mudou após um ciclo de debates sobre o mercado editorial organizado pelo meu curso. Foi o que me reanimou a ficar do lado da Uerj sempre", explicou o estudante.
