O prédio da Polícia Federal (PF), na Praça Mauá, no Centro, se tornou palco para manifestações de todas as tribos. Representantes dos índios removidos da Aldeia Maracanã em 2013, durante o governo Cabral, marcaram presença e comemoravam a prisão. “Fizemos rituais no dia em que fomos expulsos para que isso (prisão) acontecesse e que os espíritos fizessem justiça”, disse Michael Oliveira, 42, ou Baré Maué, como é conhecido entre os seus.
Eles acompanharam o político da sede da PF ao presídio Bangu 8, para conferir a entrada de Cabral na prisão. “Hoje estamos vendo a contrapartida da justiça, que nos levou para Bangu há três anos a mando do Cabral e hoje leva ele para o mesmo lugar”, desabafa um bombeiro, que não se identificou.
A atriz Luana Piovani, ao saber da prisão, também entrou na onda do guardanapo e publicou vídeo ao vivo em sua página no Facebook. Ela aparece, entre amigos e um de seus filhos, durante o café da manhã.
“Viu Cabral, ‘tá’ achando que a gente é otário? Foi preso em casa!”, e completa dizendo que “é isso que renova as esperanças nesse Brasil.”
Além de manifestantes, a passagem do ex-governador pela sede da PF, no Centro, atraiu a atenção de quem passeava pelo Boulevard. Um casal de Brasília, Distrito Federal (DF), fez questão de parar em frente ao prédio e registrar o momento. “Ele (Cabral) é apenas a ponta de um ‘iceberg’ dentro do contexto em que foi preso, acho até que isso pode acabar em pizza, mas é muito importante que a justiça seja feita. Isso traz esperanças ao povo”, comentou a turista que não quis se identificar.
‘Acordado pela Federal'