Por gabriela.mattos
Ex-governador foi levado para apartamento da família no FlamengoMaíra Coelho / Agência O Dia

Rio - Luciana Lóssio, a juíza do Tribunal Superior Eleitoral que aceitou pedido de Anthony Garotinho e o transferiu do presídio de Bangu para o hospital Quinta D’Or, onde foi operado, virou tema de polêmica na internet. Chamada de petista, ela tem sido muito criticada nas redes sociais por causa da decisão.

Realmente, a magistrada atuou como advogada para a ex-presidente Dilma Rousseff, em sua primeira campanha, há seis anos. Depois disso, foi nomeada por Dilma para a vaga no TSE.

Em gravação que consta das investigações da Operação Chequinho, Garotinho conversa por telefone com o advogado Jonas Lopes Neto sobre um habeas corpus. Ele, então, dá a entender que teria contato com a juíza Luciana Lóssio.
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No ano passado, a juíza apareceu em notícias que tratavam da compra de uma cobertura de 377 m2 em edifício novo de uma quadra nobre de Brasília. Em nota, o TSE reafirmou confiança na “idoneidade moral” de seus ministros.
Ex-governador vai para prisão domiciliar
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O ex-governador Anthony Garotinho recebeu alta ontem pela manhã do Hospital Quinta D’Or, na Quinta da Boa Vista, onde foi internado no sábado para se submeter a um procedimento de cateterismo para implantar um stent no coração. Por determinação da ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana Lóssio, Garotinho ficará em prisão domiciliar até que a Corte julgue o mérito da liminar concedida por ela.
O ex-governador deixou o hospital por volta das 9h rumo ao prédio onde mora, no Flamengo, onde policiais federais permanecerão vigiando os passos de Anthony Garotinho, que não utilizará tornozeleiras eletrônicas.
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Na quarta-feira da semana passada, o ex-governador foi preso pela Polícia Federal a mando da Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes, por suspeita de compra de voto, associação criminosa e coação. Garotinho negou as acusações.
Após a prisão, o ex-governador se sentiu mal e foi levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. Numa decisão polêmica tomada pelo juiz Glaucenir de Oliveira, Garotinho foi removido à força, na noite de quinta-feira, para a unidade de saúde do complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, e, na madrugada de sábado, para o Quinta D’Or, por decisão do TSE, sob alegação de necessidade de melhor atendimento.
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Emoção em Brasília
A deputada federal Clarissa Garotinho, filha do ex-governador, se emocionou ontem à tarde na tribuna da Câmara dos Deputados, ao falar sobre a situação do pai. “Ele foi retirado de um hospital público, onde estava sendo atendido numa unidade coronariana, para uma unidade de pronto-atendimento sem nenhuma infraestrutura. Não se vê nada tão brutal como o que fizeram com ele nem em ambientes de guerra. Foi uma desumanidade”, desabafou a deputada.
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