Mulher tem primeiro filho aos 53 anos em hospital na Barra da Tijuca
Dentista já tinha tentado fertilização in vitro há sete anos
Rio - Aos 53 anos, a dentista Mariléa de Mendonça foi surpreendida com a notícia de que seria mãe do seu primeiro filho. Matheus nasceu na última quinta-feira na Perinatal Barra, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A gravidez nessa faixa etária é muito rara. De acordo com IBGE, no último ano, apenas 0,01% das mães brasileiras tiveram filhos a partir dessa idade. Foram apenas 390 nascimentos em 2,9 milhões.
A dentista já havia tentado engravidar outras vezes, há sete anos ela tentou sem sucesso por fertilização in vitro. Neste ano, resolveu tentar o procedimento de novo, só que dessa vez deu certo. A notícia causou surpresa em parentes e amigos.
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De acordo com o obstetra e Coordenador do Centro de Diagnóstico da maternidade Perinatal Barra, Dr. Paulo Nassar, é difícil encontrar mulheres na primeira gestação após os 50. “Uma mulher acima dos 45 anos, geralmente, está na segunda ou terceira gravidez. Elas deixam para ter o primeiro filho aos 30, então o segundo costuma chegar nessa idade. Mas o primeiro filho aos 50 é raro de se ver”, afirma o médico.
O obstetra explica que o perfil das mães na maturidade é bem variado, apesar da maioria ter passado por tratamentos para engravidar. Ele acredita que a maternidade nessa época é bem-vinda. “As mulheres dessa idade já têm uma vida estruturada e sabem muito bem o que querem para si”, completa.
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Mariléa concorda. Ela e o marido, da mesma idade, estão se preparando para a nova responsabilidade. “Temos a vida definida, estabilidade e calma. Será positivo para a criança. Eu sou ocupada com muitas atividades, mas fui vendo que tudo se ajeita. A gente tem uma vida só e, se podemos realizar esse sonho, basta confiar em Deus e ter fé”.
A dentista preferiu agendar uma cesariana em vez do parto natural. “Se eu fosse mais jovem, até arriscaria, mas hoje não tenho mais essa vontade. Não vejo a hora dele nascer, pois não estou aguentando o peso da barriga”, conta ela, que atribui a Deus a chegada do pequeno. “É uma coisa divina, resposta de Deus a minha dúvida e ao meu pedido. Eu sempre gostei de família, sempre achei importante”.