Confundido com motorista de Uber, militar aposentado é agredido
Taxista que já foi identificado pela polícia deu socos e amassou o carro da vítima
Rio - Um militar da reserva de 58 anos foi a mais nova vítima da ‘guerra’ entre taxistas e motoristas do Uber. Edmilson Fraga, que não dirige carros pelo aplicativo e nem utilizava o serviço, acabara de deixar a família na porta do Boulevard Shopping, em Vila Isabel, na Zona Norte, e seguia para o estacionamento quando foi agredido.
Segundo o relato do aposentado, um taxista obstruía a passagem. Ao pedir para o motorista liberar o acesso, ouviu: “Se eu não tirar (o carro), o que vai acontecer?"
Publicidade
Dali em diante, a história tomou rumos lamentáveis. O taxista chutou e amassou a porta do carro do militar e deu dois socos em Fraga — um no rosto e outro no ombro. “O cara já saiu enfurecido”, conta a vítima, que percebeu que havia algo estranho quando ouviu outros taxistas gritarem “Não se mete com a gente”. O agressor, que não é da cooperativa que tem ponto na porta do shopping, segundo o militar, disse que tinha visto Fraga “deixando passageiros”.
Depois de narrar a história para a família, Fraga seguiu acompanhado para a 20ª DP (Vila Isabel). Devido à paralisação da Polícia Civil, não foi possível registrar o caso. No entanto, o militar retornou ontem ao local e conseguiu avançar na denúncia. Fraga anotou o modelo (Chevrolet Meriva Maxx) e a placa do carro e o agressor já foi identificado. Os policiais constataram inclusive que o taxista acusado tem antecedentes criminais por desacato e agressão.
Publicidade
Também não foi possível, no sábado, fazer o exame de corpo de delito. A solução foi partir para uma clínica particular na Tijuca e conseguir um Boletim de Atendimento Médico (BAM).
Segundo Fraga, o responsável pela Stop Taxi, que tem ponto na porta do shopping, avisou ontem que três motoristas da cooperativa vão servir de testemunhas da vítima.
Publicidade
Em nota, o Boulevard Shopping informou que “não compactua com este tipo de atitude e que repudia qualquer tipo de violência, e reitera que contribuirá com as autoridades locais fornecendo toda a ajuda necessária para o esclarecimento dos fatos.”
?Reportagem do estagiário Caio Sartori