Em documento, Sérgio Cabral pede sala reservada para receber advogados
Ex-governador diz que em uma sala reservada poderia manusear, por meio de laptop, o processo eletrônico
Por tabata.uchoa
Rio - A Justiça Federal deverá decidir nesta segunda-feira se o ex-governador do Rio Sérgio Cabral poderá conversar em uma sala reservada com seus advogados, em Bangu 8. O documento foi encaminhado no dia 18 de janeiro ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, responsável pelos desdobramentos da Lava Jato no Rio. Na última sexta-feira, o Ministério Público Federal já se manifestou contrário ao benefício, afirmando que a divisória de vidro e o interfone são suficientes para a comunicação.
Foi o próprio ex-governador que assinou o pedido no dia 18 de janeiro. No documento, ele diz que em uma sala reservada poderia manusear, por meio de laptop, o processo eletrônico. Além disso, cita que atualmente o local reservado para conversa com advogados é precário, com alguns interfones com defeitos.
Conforme O DIA noticiou, Cabral já se encontra, com autorização da Seap, com a esposa Adriana, às quartas e aos sábados, no pátio interno de visitas. O pátio divide os presídios Joaquim Ferreira (feminino) e a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira (masculino), onde Adriana e Cabral estão, respectivamente.
Mas, de acordo com denúncias de agentes, nem sempre foi assim. Por várias vezes, o casal se encontrou no gabinete dos respectivos diretores, já que os mesmos são colados um ao outro. Os presídios que eles estão também são conectados.
Ainda segundo agentes penitenciários, Cabral já chegou a passar a noite na biblioteca e possui outras regalias, como a porta da cela, que fica aberta entre 17h e 8h, o que é proibido. Além disso, Adriana e Cabral portam mais dinheiro do que o autorizado — R$ 100 por intervalo de visita. O fato facilitaria a compra de comida extra na cantina.
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A Seap nega possíveis regalias ao casal. Mas, contrariando a própria resolução que proíbe a visita de parlamentares fora da função pública, autorizou a entrada dos deputados Jorge Picciani e Cidinha Campos e do prefeito de Duque de Caxias Washington Reis.