
De Ipanema para a praia da Joatinga, o público muda. Mas o alto astral continua no Joá, para os íntimos, que reúne a galera da altinha, do surf e do mate com biscoito. É a praia com um público mais jovem, seja de idade ou de espírito.

Ali, tinha um grupo de estudantes de Niterói curtindo as ondas e a ‘vibe’. Com os pés apoiados em uma bola de futebol, Caroline Borges, 21 anos, disse que adora jogar altinha e que a praia é ideal pra isso, além de achar a mais bonita do Rio.
Beatriz Werneck, também de 21, diz que gosta do lugar, mas o que incomoda é o valor das coisas. “Os preços são exorbitantes. Uma água de coco tá nove reais e a água normal tá seis, muito caro!”, se queixa a estudante.
Para quem vai à Barra da Tijuca, a novidade deste verão é a chegada da linha 4 do metrô. André Luiz Ribeiro, que antes pegava dois ônibus para ir à praia, agora chega rápido às areias da Barra com o novo meio de transporte. “E vale a pena. A praia é mais vazia e tranquila”, diz.

Copacabana, uma das praias mais conhecidas do mundo, é frequentada por um público com mais idade, que também aproveita a orla para fazer longas caminhadas. É o caso do aposentado Helio Bittencourt, de 74 anos, que vai todo dia do Leme ao Arpoador.
PRAIA DO FLAMENGO
Apesar da má fama decorrente das águas da Baía de Guanabara, a praia do Flamengo é defendida fervorosamente pelos frequentadores mais fiéis. “Amo essa praia. As pessoas têm preconceito e acham que ela é suja, mas nunca tive nada na pele. Frequento desde os cinco anos de idade, aprendi a nadar aqui”, relembra a pedadoga Débora Cruz, que mora no Catete.
O histórico de balneabilidade de 2016 do Inea mostra que, na maior parte do primeiro semestre do ano, as águas estiveram impróprias para banho. No entanto, a situação melhorou desde maio, e foram registradas várias semanas seguidas de maré limpa. Mas a classificação não parece afetar a frequência das areias: em dias de sol, o lugar está sempre cheio. A praia artificial foi criada junto com o Aterro, na década de 1960.
As águas da Baía se juntam a uma faixa de areia de 100 metros para formar um reduto para famílias com crianças na Urca. A vista para o Cristo ao sopé do Pão de Açúcar atrai pessoas da Baixada Fluminense e do Subúrbio. Foi ali, em frente ao Cassino da Urca (hoje o IED-Rio), que as amigas Sandra Leite, de 60 anos, e Vera Lúcia Martorelli, de 65, se conheceram, há 28 anos.

Pelas estagiárias Alessandra Monnerat e Manuella Yasmin