Rio - Os municípios da Baixada Fluminense estão se unindo para tentar amenizar a escalada da violência na região. Em uma reunião ontem em Nova Iguaçu, com o governador Luiz Fernando Pezão, o secretário de Segurança, Roberto Sá, e autoridades da área, prefeitos de seis cidades que vêm sofrendo com a falta de Segurança Pública, trataram da criação de um consórcio intermunicipal para, juntas, enfrentarem a criminalidade.
A preocupação dos governantes não é para menos. Dos 5.033 assassinatos registrados ano passado (833 a mais que o ano anterior), por xemplo, cerca de 20% ocorreu na Baixada, segundo o Instituto de Segurança.
No encontro, na sede do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada (Cisbaf), Pezão deu apoio à iniciativa. “Não vou fugir da responsabilidade do Estado quanto à segurança dos cidadãos, mas se não tiver somatório de todos nós, não vamos avançar. Se vamos para Brasília juntos, fazer pressão no Senado e na Câmara, podemos pedir mudanças na Legislação e pedir recursos. Repassar recursos para consórcio às vezes é melhor do que para cada município”, disse o governador.
Com Rodrigo Maia
O prefeito de São João de Meriti, Dr. João (PR), informou que os prefeitos e o governador, na reunião já agendada para o dia 17, em Brasília, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, irão levar demandas sobre segurança. “A violência chegou a um grau intolerável. Temos que mostrar para o governo federal que é preciso investimento urgente no setor para o nosso estado”, adiantou.
Além do prefeito de São João, que conduziu a reunião, participaram do encontro os prefeitos de Nilópolis, Magé, Queimados, Seropédica, Mesquita, e Japeri. Eles foram unânimes em cobrar reforço de PMs para os batalhões.
Roberto Sá também endossou apoio à iniciativa. “Se não agirmos com Brasília, vamos enxugar gelo. Tráfico de drogas de armas é questão federal. Temos que ser parceiros e criar também um espaço físico para ser referência do consórcio”.