Por thiago.antunes

Rio - As grades que circundavam o Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), começaram a ser retiradas nesta quinta-feira. A previsão é que todo o trabalho termine até a próxima terça-feira. As grades foram colocadas ao redor do prédio por recomendação da secretaria de Estado de Segurança e da Polícia Militar, em novembro de 2016, quando a Casa foi alvo de diversas manifestações de servidores contra o pacote de medidas do governo.

Grades começaram a ser retiradas nesta quinta-feiraLG Soares / Divulgação Alerj

No dia 8 de novembro, antes da instalação da proteção, o prédio foi invadido e salas foram depredadas. Em 6 de dezembro, a Casa foi atacada por morteiros que causaram um princípio de incêndio na fachada. Desde então, com o atraso no pagamento dos servidores por parte do Executivo e a votação de medidas para tentar conter a crise, como a autorização para a privatização da Cedae e a aprovação do teto de gastos para os poderes, contrapartidas exigidas pela União para viabilizar socorro financeiro ao estado, os protestos foram constantes.

Segundo a subdiretora-geral de segurança da Alerj, Cristina Vilhelha, que está no cargo há 14 anos, as manifestações iniciadas oito meses atrás foram muito mais violentas do que as que normalmente aconteciam.

“O secretário de segurança pediu para que os gradis fossem colocados para manter o funcionamento da Casa. Também contamos com a ajuda da Força Nacional e de um grupamento de forças especiais. Foi uma medida conjunta para preservar a integridade física de todo mundo, inclusive dos manifestantes”, disse Cristina. “As votações já aconteceram e os salários dos servidores devem ser colocados em dia. Então, chegou-se a um acordo com a secretaria de segurança de que agora era o melhor momento para a retirada". 

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