Rio - Ao dizer que não dará sequência ao acordo que o presidente Michel Temer fez para garantir a aprovação da Reforma Trabalhista no Senado, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), sublinha dois pontos. Primeiro: tem postura independente de Temer; segundo: faz agrado a empresários e, mais que isso, a seus colegas de Parlamento.
Isso porque há uma reclamação recorrente de que a Câmara tem feito o papel de vilã na votação de PECs enquanto o Senado entra na história como o ‘policial bonzinho’.
Quando diz que a Câmara não reconhecerá nenhuma Medida Provisória para suavizar a Reforma Trabalhista, é como se Maia afirmasse aos deputados que aguenta a pressão da opinião pública e que está ‘fechado com a Câmara’.
Ficando bem na fita
Caso Temer caia, caberá à Câmara, e portanto aos colegas de Parlamento de Maia, escolher o próximo presidente da República numa eleição indireta.
Pé e mão no governo
Um aliado de Temer lembra que Maia, que às vezes parece ir com muita sede ao pote, tem cargos no governo. É o presidente da Câmara que hoje manda, entre outros, no Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).
9 anos e meio de prisão
Ao saber da condenação de Lula, o presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, criticou o juiz Sérgio Moro. O petista postou vídeo no Facebook em que chamou o magistrado de “juizeco de primeira instância”.
Contra Temer
Presidente do PR-RJ, Anthony Garotinho recomendou, em reunião do diretório, que os cinco deputados federais eleitos no Rio votem a favor de que Temer seja investigado pelo STF. “Mesmo que a orientação nacional do PR seja de apoio ao Temer, a do estado permanecerá a mesma.”
Crivella: orelha quente
No mesmo encontro, Garotinho provocou saia justa ao falar de Marcelo Crivella (PRB): “A prefeitura está tomada de gente do PMDB. Inclusive em secretarias. Se não dá espaço para os aliados, ao menos que não dê para os inimigos. O Fernando Mac Dowell (que é do PR e comanda a Secretaria de Transportes) foi indicação pessoal do Crivella”. Ocorre que Mac Dowell estava sentado a algumas cadeiras do ex-governador.
Bolsonaro denunciou
Sobre o caso do professor de Sociologia Pedro Mara, denunciado no MP por ter tatuagem de maconha no antebraço, o delegado e professor de Direito Sandro Caldeira opina: “Não configura apologia ao crime nem mesmo de incitação ao crime, encontrando-se no âmbito do direito à liberdade de pensamento e disposição sobre o próprio corpo.”