Por thiago.antunes

Rio -  Enquanto alguns comemoram a iniciativa do presidente Michel Temer de enviar R$ 13 milhões para as escolas de samba, outros lamentavam. O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Pedro Fernandes, criticou a postura da União em sua rede social ontem. “As universidades e Faetec não voltarão às aulas se os fornecedores e salários não forem pagos. E o presidente preocupado em dar R$ 13 milhões (valor suficiente para pagar o custeio da faetec até o final do ano) para as escolas de samba”, declarou. 

O vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Deolindo Carniel, afirmou que ninguém samba sem segurança. “O Rio é referência negativa em termos de segurança. Acho incoerente cortar o orçamento da saúde, segurança e educação e destinar para Carnaval. O ideal seria colocar R$ 13 milhões para a segurança durante o Carnaval”. 

Apesar das agremiações ganharem mais verbas, o presidente da Liga das Escolas (Liesa), Jorge Castanheira, disse ao site Carnavalesco, que a realização dos ensaios técnicos que antecedem o desfile e são de graça, não está garantida.

Montante garantido

Segundo o deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ), Temer garantiu o montante de R$ 13 milhões para o desfile do ano que vem. Justamente o valor que foi cortado pela prefeitura, que reduziu a subvenção de R$ 2 milhões para R$ 1 milhão por escola. A ordem de Temer foi dada, ontem, em Brasília, logo após a posse do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão.

“O presidente garantiu que o carnaval não terá falta de recursos”, afirmou o deputado à Agência Estado. Ele disse ainda que os R$ 13 milhões serão por meio de “patrocínio ou via apoio direto do orçamento do governo federal”. Ontem, o Ministério da Cultura confirmou a verba milionária, entretanto, não explicou de qual fonte viriam os recursos.

O presidente da Riotur, Marcelo Alves, comemorou o anúncio. “Temer teve sensibilidade para entender que evento não é só do Rio. É do Brasil”, afirmou Alves. Segundo ele, a Riotur continua comprometida a conseguir mais R$ 500 mil para o caixa das escolas com a iniciativa privada. Alves revelou que conseguiu R$ 12 milhões com o estado via Lei de Incentivos.


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