Por thiago.antunes

Rio - Uma criança de apenas 10 anos foi obrigada a acompanhar o próprio pai em um roubo a veículo que terminou com perseguição policial na Rodovia Presidente Dutra, na Baixada Fluminense. Cassiano Claudino Guedes, de 37 anos, é acusado pela Polícia Militar de ter assaltado uma família que estava em um carro na Rua Ocidental, no bairro Rancho Novo, em Nova Iguaçu, usando uma arma de brinquedo.

A PM informou que foi acionada, anteontem, à noite, pelas vítimas e iniciou a perseguição a fim de prender o suspeito e recuperar o veículo roubado. O acusado fugiu em alta velocidade pelas ruas de Nova Iguaçu, com o filho no banco do carona, e seguiu pela Rodovia Presidente Dutra, onde foi interceptado pelos policiais.

Cassiano Claudino é levado para a delegacia de Nova Iguaçu após perseguição policial em que acabou presoDivulgação

Segundo a PM, além do veículo roubado, foram apreendidos com o motorista um casaco camuflado de uso exclusivo do Exército e a pistola de brinquedo, que teria sido usada na crime.

A prisão de Cassiano ocorreu na frente do filho. A criança chegou a ser levada para a 52ª DP (Nova Iguaçu), onde o caso foi registrado, mas depois foi encaminhada para ficar aos cuidados da mãe. A PM informou que o acusado é morador do Morro do Chapadão e que estaria realizando crimes no município da Baixada Fluminense.

Segundo a Polícia Civil, a vítima do roubo compareceu na delegacia e reconheceu Cassiano como o autor do crime. O suspeito, que foi preso em flagrante pelo roubo do carro, já foi conduzido para o sistema prisional do estado.

Na avaliação do presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB, Breno Melaragno, o fato de a criança ter presenciado o próprio pai cometendo um crime pode causar problemas psicológicos no futuro. Segundo ele, a pena do pai pode ser agravada.

“O pai pode ser responsabilizado criminalmente por ter exposto seu filho ao risco, afinal, além de cometer o assalto, ele fugiu com o carro desobedecendo a ordem de parada da polícia. No entanto, essa decisão ficará a cargo do delegado e, posteriormente, do Ministério Público”, avaliou.

A Polícia Civil informou que o inquérito ainda está em andamento e que detalhes da investigação não serão divulgados.

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